Caos no país da baguete. Em mais uma noite de protestos violentos, manifestantes incendiaram a casa e o carro de um prefeito do subúrbio de Paris. A sede do governo local também foi alvo de protestos.

• Depois disso, a primeira-ministra da França visitou a região e chamou de inaceitável a violência das manifestações.

O que está acontecendo? A revolta, espalhada por várias cidades, começou depois de um policial matar a tiros um adolescente argelino que teria desobedecido ordens durante uma abordagem no trânsito.

Desde então, os manifestantes incendiaram carros, saquearam lojas e atacaram prefeituras, delegacias e escolas. Só pra ter ideia da dimensão, cerca de 10 shoppings e 200 supermercados já foram alvos de ataque.

De sábado para domingo, 719 pessoas foram presas. Na noite anterior, foram 1.311, atingindo o número recorde de detenções.

Repercussão ?

O caso reacendeu a controvérsia sobre o abuso da ação policial na França, tanto em sua abordagem em controles de trânsito, quanto para lidar com manifestações de massa.

Agora, além das insatisfações internas, o presidente francês também precisa pensar no cenário externo: autoridades internacionais ? como o primeiro-ministro alemão ? demonstraram preocupação com a situação do país.

Bottom-line: A avó do adolescente que foi morto pediu pelo fim do tumulto nacional e disse que os manifestantes estão usando o incidente como desculpa para causar estragos na França.