O PSDB pode ter encontrado uma saída para evitar sua derrocada. O partido que já comandou a presidência e muitos governos estaduais e municipais por todo o Brasil pode se juntar com o Podemos para tentar sobreviver. O resultado do processo de alianças para garantir o futuro da legenda deve ser anunciado até o dia 29 de abril.  

Na última semana, os presidentes do PSDB e do Solidariedade, Marconi Perillo e Renata Abreu, decidiram que inicialmente não haverá mudança de nome de partido, ficando apenas PSDB + Podemos, de acordo com a colunista Roseann Kennedy colunista do Estadão. A ideia é fazer uma pesquisa e consultar o eleitorado sobre a escolha do registro novo de nome e número.

No entanto, há uma questão que ainda não foi resolvida: o futuro político do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Os líderes tentam evitar que político migre para o PSD de Gilberto Kassab.

O movimento busca manter a identidade e a história do partido e, ao mesmo tempo, manter em seus quadros nomes importantes de governadores, com o argumento de que a nova sigla teria mais fundo eleitoral e partidário do que outras.

“Estamos prestes a construir um novo caminho para o centro democrático brasileiro e para os milhões de brasileiros que não se sentem confortáveis nem com o lulopetismo, nem com o bolsonarismo”, afirmou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) ao jornal Folha de S.Paulo.

Histórico

A legenda chegou a eleger 99 deputados federais e sete governadores em 1998, além de contar com 16 senadores. Na eleição passada, sem candidato à presidência, só conseguiu 13 cadeiras na Câmara dos Deputados, três governos estaduais e nenhum senador. No ano passado, registrou sua pior eleição municipal na história, com apenas 270 prefeituras, ante 983 obtidas no ano 2000.

Já o Podemos se diz aberto a negociação e espera, com isso, dar uma “repaginada” na estrutura do partido, contando a contribuição de economistas históricos ligados ao PSDB para o novo programa partidário. 

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