O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), está avaliando solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a decretação da prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) ou, alternativamente, a imposição do uso de tornozeleira eletrônica. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo nesta terça-feira (4).

A proposta surge após a saída do país do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e da deputada Carla Zambelli (PL-SP), ambos aliados próximos do ex-presidente. Para Lindbergh, esses movimentos fazem parte de uma estratégia coordenada para constranger o Judiciário brasileiro e indicam o risco de que Bolsonaro também possa tentar deixar o país.

“Depois da fuga de Eduardo e Zambelli, a preocupação passa a ser o próprio Bolsonaro”, afirmou o parlamentar à Folha. Segundo ele, há indícios de que o grupo esteja articulando uma “desmoralização institucional” do STF, especialmente diante do avanço das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

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Lindbergh já havia protocolado um requerimento junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Eduardo fosse investigado por tentativa de coação ao ministro Alexandre de Moraes. A petição foi fundamentada em uma reportagem que revelou que Eduardo estaria nos Estados Unidos buscando apoio do ex-presidente Donald Trump para impor sanções contra o magistrado brasileiro.

O STF já instaurou inquérito para apurar a atuação internacional de Eduardo. No caso de Zambelli, a PGR solicitou sua prisão preventiva após a parlamentar deixar o país sem previsão de retorno, poucos dias depois de ter sido condenada a 10 anos de prisão por invasão de sistemas do Judiciário.