Fazer previsões para um ano, principalmente quando se trata de economia e negócios, tende a ser muito complicado. Cenários internos, externos, fatores geopolíticos e tendências tecnológicas interferem com as previsões o tempo todo. Porém, quando se trata de grandes empresas, há quem diga que foi um ano desafiador para os CEOs de empresas, enquanto outros podem afirmar que 2024 foi um sucesso inquestionável. O britânico The Economist avaliou, pelo segundo ano consecutivo, quais foram os CEOs que mais se destacaram. Os critérios utilizados para a lista foram o retorno total para os acionistas em relação às médias do setor e somente empresas listadas no índice S&P 1200 (excluindo as da China e da Índia). 10 CEOs das dez principais empresasA fonte que o The Economist utilizou foi a Bloomberg, usando dados de 1º de janeiro de 2024 a 19 de dezembro.
O grupo é uma mistura variada, liderando empresas de diferentes tamanhos, indústrias e geografias. Em décimo lugar, Jean-Christophe Tellier, da UCB, uma empresa belga de biotecnologia; em nono, Rick Smith, da Axon Enterprise, fabricante americana de câmeras corporais e tasers para polícia; Tyler Glover, da Texas Pacific Land, ocupa o oitavo lugar, como proprietário de terras no estado do Texas, Estados Unidos. Em sétimo, Geir Haoy, da Kongsberg, uma empresa norueguesa de defesa; já em sexto fica Hirota Yasuhito, da Asics, fabricante japonesa de tênis de corrida. O quinto lugar fica com Izumisawa Seiji, da Mitsubishi Heavy Industries, companhia japonesa que fabrica equipamentos de energia e armamentos. Chegando perto do topo, Jensen Huang, da Nvidia, fabricante de chips, fica em quarto. O terceiro lugar é de Jim Burke, da Vistra Corp, geradora de energia que fica no Texas. Em segundo, Christian Bruch, da Siemens Energy, empresa alemã de equipamentos de energia. Finalmente, em primeiro lugar, Alex Karp, da Palantir, companhia americana de dados e análises. Sobre a listaA lista tem um nome ausente, que geralmente é muito esperado: Elon Musk. Mesmo com o valor combinado das seis empresas das quais Musk é o diretor-executivo (sendo elas Tesla, SpaceX, X, XAI, Neuralink e The Boring Company) e os ganhos que aconteceram em decorrência da eleição dos Estados Unidos, o aumento em termos percentuais não foi suficiente para incluir Musk no top 10. O The Economist excluiu do top 3 alguns nomes que ganharam impulso no último ano com base na sorte. Por exemplo, o periódico afirma que tanto a Vistra quanto a Texas Pacific Land tiveram bons resultados principalmente pelas expectativas de geração de negócios que a inteligência artificial e seus centros de dados trariam. Já a Axon foi beneficiada com a eleição de Donald Trump e sua retórica sobre militarizar a aplicação da lei federal. Outro exemplo foi a Asics, que se tornou extremamente popular por conta de tendências de moda com a geração Z. Além disso, outros candidatos não ganharam a primeira posição por conta do desempenho passado, como o CEO da Siemens Energy, uma vez que o aumento no preço das ações é um reflexo parcial da recuperação de 2023. Em primeiro lugar ficou Karp, da Palantir. Em 2024, o valor de mercado da companhia foi de US$ 36 bilhões para mais de US$ 180 bilhões. Segundo o jornal britânico, a Palantir está se expandindo rapidamente, com analistas esperando um crescimento de receita de 26% em 2024, dez pontos percentuais acima do ano anterior. Também se tornou muito mais lucrativa, com margens operacionais dobrando para 15% nos 12 meses até setembro de 2024. Em um sinal de sua ascensão, a Palantir foi adicionada ao índice S&P 500 das empresas mais valiosas da América em setembro. |
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