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Quanto de renda fixa e de renda variável é recomendado ter na carteira?

- 21/01/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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Não tem para onde fugir, a renda fixa é a escolha número um de qualquer investidor brasileiro em 2025, independentemente do perfil. Mesmo para o investidor mais arrojado, a alocação recomendada pela XP em renda fixa é de, no mínimo, 50%. Para os perfis moderado e conservador, essa alocação aumenta para os níveis de 70% e 90%, respectivamente. 

Durante o evento do InfoMoney Onde Investir 2025, Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, afirmou que há espaço para os títulos públicos pós-fixados, prefixados e de inflação, com destaque para os pós-fixados, que oferecem a melhor perspectiva de retorno no cenário de aumento da taxa de juros previsto para este ano. 

“O pós-fixado domina as carteiras, é mais seguro com as incertezas que rondam o mercado e tem menos risco”, disse Ferreira. “A Selic vai continuar subindo e a gente não sabe até quando, ou até onde a inflação vai. O pós-fixado dá esse conforto de estar na taxa até onde o Banco Central for.”

O título Tesouro Selic é recomendado para os três perfis, com mais peso na carteira conservadora e menor na moderada e arrojada, assim como os papeis prefixados, considerados mais arriscados “por não ter tanta referência de até onde o aumento de juros vai”, disse Ana Paula Milanez, sócia e assessora de investimentos da Guelt Investimentos, também no painel do Onde Investir 2025

Já os títulos Tesouro IPCA+, que corrigem a inflação e ainda pagam um prêmio de juro real, são “sempre interessantes”, segundo Milanez, “principalmente para o longo prazo”. Ferreira destaca que, nos níveis atuais, com prêmios pagando 7% a 8% de juro real, em oito anos a renda aplicada dobra de valor

Mas esses títulos de inflação não são recomendados para todas as carteiras: a XP recomenda para os perfis moderados e arrojados. 

“São títulos com volatilidade na marcação a mercado, que muitas vezes um investidor conservador não consegue lidar muito bem. Olha a queda do preço e se assusta. Para esses papéis, têm que ser um investimento para o longo prazo”, diz o estrategista. 

Bolsa ainda vale a pena? 

Sim, segundo os painelistas ouvidos pelo InfoMoney, mas só para quem tem tolerância a risco. Perfis conservadores estão de fora, moderados, 5%, e arrojados, 15%, conforme a recomendação da XP. 

Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, disse que é difícil evitar a renda variável quando tantos ativos estão com preços descontados em relação aos seus valores patrimoniais. Entretanto, ele ponderou que o cenário inflacionário e restritivo de juros deve penalizar alguns setores. 

“Eu evitaria empresas que não têm fluxo de caixa positivo e empresas com níveis de alavancagem muito altos. Empresas que têm dívidas sofrem mais nesses momentos”, diz Reis. “Eu prefiro não estar nesse tipo de papel atualmente porque, caso os juros caiam e as ações subam, será mais por sorte do que pelo modelo de negócio.” 

A recomendação do Ferreira, da XP, é focar em ações consideradas defensivas, de setores mais estáveis e com previsibilidade de receita, como os setores financeiro, elétrico, de saneamento e commodities. Empresas com receita em dólar também são destacadas. 

Mas a diversificação, segundo os analistas, também passa por outros ativos, como os fundos imobiliários. Ana Paula Milanez diz que, apesar das quedas, “ainda há bons fundos, que estão negociando abaixo do valor patrimonial e pagando bons dividendos”. 

Uma opinião compartilhada por Reis, da Suno, que afirmou nos paineis que nunca viu um desconto tão grande nos preços dos fundos como tem visto nos últimos tempos. “O investidor que topa um pouquinho de volatilidade [no preço da cota] será muito bem remunerado.”




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