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A possibilidade de receber aluguel mensal sem a necessidade de comprar um imóvel está entre as principais vantagens dos fundos imobiliários, que já contam com mais de 2,3 milhões de investidores no País. Mas quanto é possível ganhar com os FIIs? Para responder a dúvida, Antônio Sanches, analista de alocação da Rico, simulou a receita gerada por uma carteira diversificada de fundos imobiliários, ou seja, um portfólio composto por um conjunto de FIIs de diferentes segmentos. No estudo, ele considerou valores aproximados de alocação e utilizou dados da última distribuição de dividendos dos fundos selecionados – até o dia 19 de outubro de 2023. Nestas condições, um investimento de R$ 500 mil poderia gerar uma receita mensal de aproximadamente R$ 3,7 mil, de acordo com Sanches, que simulou uma carteira com seis FIIs. Os fundos do portfólio teórico apresentam dividend yield (taxa de retorno com dividendos) mensal entre 0,60% e 1,10%, como é o caso do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11). Confira os detalhes do levantamento:
Fonte: Rico e Economatica “Um investidor com essa alocação teria recebido R$ 3.762,26 de rendimentos desses fundos, um retorno de 0,75% ao mês em relação ao valor investido na carteira”, pontua Sanches. “Vale lembrar que retorno passado não é garantia de ganhos futuros, assim como há a possibilidade de variações no valor das cotas, que podem afetar a rentabilidade total da carteira do investidor”, pondera. Ele explica que fundo imobiliário é um investimento de renda variável. Desta forma, o valor investido e o volume de dividendos podem oscilar de acordo com o resultado da carteira – e do comportamento da cota na Bolsa. Investir em FIIs com menos recursosSanches também pondera que não é necessário contar com R$ 500 mil para começar a investir em fundos imobiliários. Pelo contrário, reforça o especialista.
Recente levantamento do InfoMoney, também com dados da Economatica, listou pelo menos 37 FIIs cujas cotas são negociadas na casa dos R$ 10. Leia também: O investimento em uma cota de cada um dos seis fundos sugeridos na simulação acima custaria menos de R$ 500. O portfólio teórico toma como base a carteira recomendada da Rico, que poderia ser replicada com aproximadamente R$ 1,38 mil, aponta Sanches. A carteira da corretora acumula valorização de 15,7% nos últimos 12 meses, contra 7,7% do Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa. O desempenho é atribuído principalmente à diversificação. “Isso mostra como é importante uma análise mais ampla dos fundos, considerando mais do que apenas alguns indicadores como o dividend yield da carteira na hora de realizar a escolha de um fundo imobiliário”, finaliza. Como funcionam os FIIsOs fundos imobiliários captam recursos entre os investidores para a compra de imóveis que, posteriormente, podem ser alugados ou vendidos. As receitas obtidas nas transações – locação ou ganho de capital – são distribuídas entre os cotistas, na proporção em que cada um aplicou. Os rendimentos repassados aos investidores, na forma de dividendos, são isentos de imposto de renda – outro atrativo do produto. Ao longo dos anos, o mercado de fundos imobiliários se desenvolveu e hoje há fundos focados desde a administração de escritórios até imóveis rurais, passando por shoppings, galpões logísticos, hospitais e agências bancárias, além dos FIIs de “papel” – que investem em títulos de renda fixa. No final de setembro, o mercado de fundos imobiliários superou a marca de 2,37 milhões de investidores. Em dezembro de 2018, o número estava em 208 mil. |
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