O FII Hotel Maxinvest (HTMX11) vai encerrar 2023 como o fundo imobiliário que mais pagou rendimentos ao longo do ano. A carteira ostenta um dividend yield (taxa de retorno com dividendo) de 20,78% nos últimos 12 meses. O dado faz parte de estudo do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras. O levantamento toma como base apenas os 109 fundos que compõem o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa. Dos FIIs monitorados, 45 encerram o ano com um dividend yield acima de 12% – o que representaria um retorno médio com dividendos de 1% ao mês. Quem investiu R$ 10 mil no HTMX11 no último dia de 2022, por exemplo, embolsou aproximadamente R$ 2.078 de dividendos em 2023. Confira a simulação com os 10 FIIs mais rentáveis no período.
FIIs de “papel” têm mais um ano de protagonismoOs FIIs de “papel”, mais uma vez, dominam a lista dos maiores pagadores do ano. Oito das 10 carteiras da relação investem em títulos de renda fixa e outros produtos financeiros – sete são classificados como Títulos e Valores Mobiliários e um como multiestratégia. “O motivo para o alto retorno dos FIIs de ‘papel’ se deve ainda a um período de alta taxa de juros, referência para a rentabilidade desses fundos”, explica Fernanda Rosalem, head de investimentos da Paladin. “Nesse sentido, esses dois segmentos de FIIs foram bons geradores de renda passiva e merecem destaque quando comparados aos fundos de ‘tijolo’”, avalia. Fernanda pondera que a dinâmica entre fundos de “papel” e de tijolo – que investem diretamente em imóveis – é muito diferente e, por isso, devem ser analisados de forma distinta. “’Fundos de papel’ tendem a ter menor volatilidade e o cotista ganha no carrego (manutenção do ativo no portfólio)”, contextualiza. “Nos fundos de ‘tijolo’, o cotista é detentor de uma fração do empreendimento e espera um carrego menor, mas, por outro lado, há maior potencial de valorização da cota”, explica. HTMX11, maior pagador de dividendos do anoDono do maior dividend yield mensal desde setembro, o HTMX11 investe majoritariamente em hotéis localizados na capital paulista. Ao todo são 489 quartos em 22 empreendimentos. A maior parte dos apartamentos (60%) é classificada como mid scale – intermediários em relação ao conforto e sofisticação – e econômico (40%). Os espaços estão concentrados principalmente nos bairros do Itaim e do Brooklin. Em julho – último dado disponível –, a carteira registrou queda na ocupação de seus hotéis, de 66% para 61%. Já o número de investidores subiu, chegando a 27.844 ao final de julho, alta de 18% nos últimos 12 meses. A diária média registrada naquele mês foi de R$ 454, abaixo dos R$ 520 do mês anterior. Leia também: |
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