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Judiciário

Relator da reforma do Código Eleitoral vai propor 3 PECs e o fim da reeleição

- 29/02/2024 22 Visualizações 21 Pessoas viram 0 Comentários
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O relator da proposta que altera o Código Eleitoral, senador Marcelo Castro (MDB-PI), anunciou nesta quinta-feira (29) que vai apresentar três propostas de emenda à Constituição (PEC), simultaneamente, para acabar com a reeleição de prefeitos, governadores e o presidente da República. Todas as propostas estabelecerão um mandato de cinco anos para os cargos do Poder Executivo, e as diferenças entre os textos serão sobre a possibilidade ou não da coincidência das eleições no país.

Castro disse também que deve entregar o seu relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado até a próxima semana. Segundo o senado, há um sentimento forte na Casa sobre o fim da reeleição, mas há divergência sobre a coincidência na data das eleições.

O senador afirmou que as propostas devem ser apresentadas simultaneamente para ver qual vai ter maior aceitação. “Percebi até agora que há um sentimento majoritário, que o instituto da reeleição [para cargos majoritários] é uma coisa que a maioria dos senadores entende que não é benéfico ao regime democrático”, disse o político. “Sinto que há um consenso maior entre o fim da reeleição, com mandato de cinco anos, e um consenso menor entre a coincidência das eleições”.

Castro se reuniu com líderes, para tratar da reforma eleitoral, e depois detalhou as propostas em entrevista coletiva à imprensa.

A primeira PEC não prevê a coincidência na mesma data para as eleições gerais (para governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República) e as municipais (para prefeitos e vereadores). Pela proposta, os prefeitos eleitos no pleito deste ano ficariam no mandato por quatro anos, até 2028, e teriam direito a uma reeleição, já com o mandato de cinco anos.

No caso de governadores e presidente da República, eleitos em 2026, também ficariam no mandato por 4 anos, até 2030, e teriam direito a disputar uma reeleição, com mandato de 5 anos, com o intervalo entre os dois pleitos de 3 anos, em vez de 2, como atualmente.

“As eleições no Brasil ficariam assim: em 2030, eleições gerais para governador, presidente, senador, deputado federal e estadual; em 2033, eleições municipais, para prefeitos e vereadores; 2035, eleições gerais; 2028, eleições municipais e por aí vai”, explicou.

A segunda proposta prevê um mandato tampão de 2 anos para o cargo de prefeito. Pela proposta, prefeitos eleitos em 2024 exerceriam os 4 anos de mandato e, em caso de reeleição, um mandato tampão de 2028 a 2030.

No caso dos governadores e presidente da República, como a eleição está marcada para 2026, o mandato ficaria, como determina a legislação atual, em 4 anos, ainda com a possibilidade de reeleição, e a disputa para todos os cargos ocorreria a partir de 2030, já com o mandato de 5 anos.

“Em 2030, teríamos a coincidência das eleições no Brasil. Elas se dariam todas num ano só, num dia só, para todo mundo. Passariam a ocorrer em 2030, em 2035, 2040 e assim vai”, disse.

A terceira proposta mantém a coincidência das eleições, mas descarta o mandato tampão. Nesse caso, a coincidência das eleições passaria a ocorrer a partir de 2034.

Assim, os governadores e presidente eleitos em 2026 teriam um mandato de 4 anos, podendo concorrer, em 2030, para uma reeleição pelo mesmo período. Em relação aos prefeitos, no pleito de 2028 eles seriam eleitos para um mandato de 6 anos.

A eleição geral ocorreria 2034, depois em 2039, 2044, 2099; todas seguindo o mandato de 5 anos. Em todas as propostas, os mandatos de vereadores, deputados estaduais e federais seriam de 5 anos e os senadores teriam mandato de 10 anos.




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