Promotores romenos vasculharam várias propriedades, neste sábado (7), em uma investigação sobre possível financiamento ilegal na eleição presidencial do país, um dia depois que o tribunal superior anulou a votação após acusações de interferência russa. O tribunal decidiu, na sexta-feira (6), que a eleição deveria ser realizada novamente, mergulhando a Romênia, membro da União Europeia e da Otan, no caos institucional, e aumentando a preocupação de que a confiança pública no Estado poderia ser corroída. Os promotores não mencionaram o nome do candidato cuja campanha está sendo investigada, mas os documentos desclassificados pelo conselho de segurança nacional esta semana se concentraram na campanha de Calin Georgescu — um crítico pró-russo e de extrema direita da Otan. Georgescu, que quer acabar com o apoio romeno à Ucrânia contra a invasão da Rússia, tinha atraído apenas um dígito de apoio nas pesquisas de opinião antes da votação do primeiro turno em 24 de novembro, mas subiu para o primeiro lugar nesse turno, levantando questões sobre a validade da eleição. Uma votação de segundo turno para decidir a eleição havia sido planejada para domingo (8), até a decisão do tribunal. Ainda não foi definida uma data para a repetição do pleito. Os documentos desclassificados mostraram que o processo eleitoral foi prejudicado por manipulação de votos, irregularidades na campanha e financiamento não transparente. Os promotores disseram que três buscas foram realizadas na cidade central de Brasov. A Rússia negou as acusações das autoridades romenas de interferência na eleição. |
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