O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é um “excelente nome” para disputar a Presidência da República em 2026, mas apontou a falta de articulação política como um fator limitante. Segundo ele, a dificuldade de diálogo do ex-ministro com outras siglas pode comprometer sua capacidade de unificar apoios.

“Não sei se ele é o nome que tem mais capacidade de juntar todos os partidos. A política é o exercício do diálogo. E o Tarcísio tem dialogado pouco com a política […] Ele também governa muito distante dos partidos”, disse Rueda em entrevista à CNN no domingo (1).

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União Brasil quer protagonismo e descarta papel secundário

Rueda deixou claro que o União Brasil pretende ter papel central na eleição presidencial e não aceitará ser apenas coadjuvante. A sigla integra uma federação com o PP, que, juntas, formam a maior bancada do Congresso Nacional, com 109 deputados e 14 senadores.

“Eu não abro mão de estar na chapa presidencial. Esse é um projeto diferenciado. Serão 17 palanques, é muita força. Então, qualquer candidato à Presidência, seja da nossa federação ou de outra estrutura partidária, vai ter que se integrar a esse projeto, porque há muita capilaridade”, afirmou.

Embora o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tenha lançado sua pré-candidatura à Presidência em abril, Rueda não compareceu ao evento e evitou cravar qualquer apoio neste momento. Para ele, o debate sobre a sucessão presidencial só deve ocorrer efetivamente em 2026.

Rueda também critica Lula por isolamento político

Ao comentar o governo Lula, o presidente do União Brasil criticou o que chamou de “encapsulamento” do presidente.

“Ele se fechou dentro de um círculo muito pequeno. Não sei qual foi a estratégia, mas é aquele círculo do PT. Então, se ele quer discutir o Brasil, eu tenho certeza de que o União Brasil tem ideias boas. Tenho certeza de que o PP tem ideias boas, o Republicanos também”, concluiu.