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Rumo (RAIL3) cresce lucro em cinco vezes no segundo trimestre, mas resultado vem abaixo do consenso

- 10/08/2023 28 Visualizações 28 Pessoas viram 0 Comentários
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A Rumo (RAIL3), empresa de ferrovias da Cosan (CSAN3), reportou lucro líquido de R$ 167 milhões no segundo trimestre do ano, mais de cinco vezes do que o registrado em igual período de 2022. De acordo com a companhia, a alta expressiva na última linha do balanço foi resultado de um maior volume transportado e crescimento das margens.

Apesar do forte crescimento, o resultado veio abaixo do consenso Refinitiv, que estimava lucro líquido de R$ 379 milhões. Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,45 bilhão, crescimento de 29% no comparativo anual – a geração de caixa também veio um pouco aquém do consenso do research de Credit Suisse e XP, que indicavam R$ 1,5 bilhão.

“O resultado da Rumo veio ligeiramente abaixo das expectativas. As tarifas na operação Norte cresceram, mas menos do que o esperado. A empresa também sofreu com R$ 40 milhões de gastos extraordinários relacionados aos incidentes de roubo e vandalismo do 1T23”, avalia Pedro Acioli, sócio e analista de commodities da Mantaro Capital.

A receita operacional líquida da Rumo cresceu 12,1% em relação ao segundo trimestre de 2022, para R$ 2,76 bilhões, com crescimento de 9,4% no volume transportado, alcançando 20,4 milhões de TKU (Toneladas por Quilômetro Útil).

Efeito ‘agro’

No balanço, a Rumo destaca uma demanda firme para o transporte de commodities agrícolas, bem como uma melhora gradual das condições de segurança na Baixada Santista (SP), trecho em que a empresa vem sofrendo com roubos e vandalismos. O volume transportado até o porto de Santos cresceu abaixo do mercado – enquanto o setor avançou 17,5%, a Rumo cresceu 7,5% e resultou numa queda de participação de mercado neste trecho.

“A queda no market share reflete o maior nível de utilização dos terminais ferroviários operados pela Rumo, e um mercado de grãos bastante aquecido, que acabou direcionando a demanda excedente para terminais ferroviários de outras ferrovias e para terminais rodoviários”, afirmou a companhia.

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Por outro lado, a companhia destacou as previsões de safra recorde de soja e milho no país, que devem manter aquecida a demanda por frete ao longo do ano. No segundo trimestre, o crescimento no volume transportado das principais commodities agrícolas: soja, açúcar e fertilizantes, foi de 27%, 26% e 19%, respectivamente.

Na estrutura de capital, a Rumo indicou aumento de 2% em seu endividamento bruto, para R$ 17,4 bilhões, por conta do vencimento de algumas dívidas. Já a alavancagem (indicador que mede a dívida líquida pelo Ebitda ajustado), recuou de 2,2 vezes no primeiro trimestre, para 2 vezes, em função do crescimento expressivo na geração de caixa no segundo trimestre.

O endividamento líquido da companhia encerrou o semestre em R$ 9,6 bilhões, com custo médio de 102% o CDI e duration de 5,2 anos.

Guidance revisado

Também com a divulgação do resultado, a Rumo revisou suas diretrizes operacionais (“guidance“) para 2023. A empresa reduziu sua previsão de volume transportado, de um intervalo entre 80 e 83 bilhões de TKU, para algo entre 76 e 78 bilhões de TKU.

“A empresa reduziu em 6% seu guidance de volume para 2023. A expectativa original já parecia difícil de ser alcançada, exigindo desempenho recorde em todos os meses do 2º semestre”, acrescenta Acioli.

No mesmo sentido, o Credit Suisse havia indicado na prévia do resultado que seria difícil para a Rumo cumprir o guidance, especialmente no indicador de volumes embarcados. “A empresa precisaria superar em 14% o volume embarcado no segundo semestre deste ano [em relação ao ano passado] para atingir o limite inferior do guidance [antigo]”, afirmou o banco, em relatório. Para os analista, o volume de 76,2 bilhões de TKU é visto como um número mais factível.

O Ebitda ajustado também foi levemente reduzido no guidance, de um intervalo entre R$ 5,4 bilhões e R$ 5,8 bilhões, para um valor entre R$ 5,4 bilhões e R$ 5,7 bilhões. A previsão de investimentos (capex) também foi reduzida em R$ 200 milhões, para um range entre R$ 3,6 a R$ 3,8 bilhões.

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