 (Reuters) – As forças russas estão realizando uma ofensiva ininterrupta ao longo de quase toda a linha de frente na Ucrânia e têm a “iniciativa estratégica”, disse o chefe do Estado-Maior da Rússia neste sábado. “O grupo combinado de tropas continua uma ofensiva ininterrupta ao longo de quase toda a linha de frente”, disse o general Valery Gerasimov a deputados russos em um discurso publicado pelo Ministério da Defesa. “No momento, a iniciativa estratégica está inteiramente com as forças russas.” A Rússia intensificou ataques aéreos sobre vilas e cidades ucranianas muito atrás das linhas de frente neste ano e continuou uma ofensiva em grande parte do leste, tentando ganhar mais território na guerra de 3 anos e meio na Ucrânia. Ataques russos à capital da Ucrânia, Kiev, na quinta-feira, mataram pelo menos 23 pessoas e feriram 38, segundo autoridades ucranianas. Os ataques ocorreram menos de duas semanas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, em uma cúpula no Alasca, uma reunião que Washington afirmava que poderia avançar o que chama de esforços para acabar com o conflito. Moscou nega ter civis como alvo. Autoridades ucranianas afirmam que dezenas de civis foram mortos em ataques russos em áreas densamente povoadas nos últimos meses, e milhares desde o início da guerra. Gerasimov disse que a Rússia realizou 76 ataques direcionados a instalações militares-industriais ucranianas na primavera e no verão, com foco na destruição de locais onde são produzidos sistemas de mísseis de longo alcance e drones. Gerasimov disse que Moscou agora controla 99,7% da região de Luhansk, no leste da Ucrânia, 79% da região de Donetsk, 74% da região de Zaporizhzhia e 76% da região de Kherson. Desde março, a Rússia capturou mais de 3.500 km² do território ucraniano e assumiu o controle de 149 vilarejos, disse ele. Este mês, as forças russas começaram a pressionar a região de Dnipropetrovsk, no sudeste da Ucrânia, segundo mapas de fonte aberta. Gerasimov disse que sete aldeias na região estão agora sob controle russo. A Reuters não conseguiu verificar a situação no campo de batalha.
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