As declarações feitas pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, após a decisão de ontem (1), tiveram efeito positivo nos mercados acionários americanos. Perto do fim do pregão desta quinta-feira (2), às 15h30 (horário de Brasília), o S&P 500 avançava 1,76%, aos 4.312 pontos.

Com isso, o índice caminha para o melhor dia em termos de ganhos desde maio deste ano. A alta é impulsionada pelo bom humor no mercado americano após uma fala vista como mais dovish (menos inclinada ao aperto monetário) por parte de Powell na véspera (1).

“Nossa questão agora é se será necessário elevar mais os juros; ainda está em aberto”, disse o presidente da instituição, ao comentar sobre o comunicado em que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), anunciou a manutenção dos juros americanos entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Ao ser questionado sobre o gráfico de pontos de setembro, Powell afirmou que a eficácia das previsões costuma diminuir ao longo do tempo, o que também foi visto por analistas como um sinal de que o apoio a um aumento de juros está perdendo força.

Embora tenha sinalizado que a barra para subir os juros esteja mais alta, na visão de especialistas, o presidente do Fed reiterou que irá atuar “com cautela” e que há um longo caminho pela frente para trazer a inflação de volta à meta, que é de 2%.

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Outros índices como o Nasdaq e o Dow Jones também apresentavam dias de ganhos, com altas de 1,70% e de 1,53%, respectivamente, por volta das 15h30, cotados aos 13.286 e 33.785, nessa ordem.

As falas de Powell também refletiram na curva futura americana. Os rendimentos do título público americano (Treasury) com vencimento em dez anos chegavam a 4,679%, no mesmo horário, bem abaixo dos 4,926% vistos antes da decisão do Fed na terça-feira (31).