1 milhão de usuários na primeira hora. Mais de 10 milhões em 7 horas. E incríveis 100 milhões de usuários 4 dias após o lançamento.
- Essa foi o crescimento exponencial do Threads, o ?Twitter? ? que ainda não chamava X ? da Meta, lançado como MVP em julho deste ano. Se você não faz ideia do que estamos falando, entenda aqui.
Apesar da explosão inicial, o app levou 60 dias para avançar de 100 para 130 milhões de contas criadas. Ainda que continue expressiva, a velocidade do crescimento caiu muito:
(Imagem: Exploding Topics | Reprodução)
Abandono de usuários?
Realmente, 130 milhões de contas não é pouca coisa. Acontece que esse número não pode ser olhado de forma isolada.
Mais importante do que o número de perfis criados, é a quantidade de pessoas ativas, que realmente estão usando a plataforma.
- Atualmente, são menos de 10 milhões de usuários ativos. Sendo que, desde o lançamento, esse número despencou mais de 80%.
O pico, no dia 7 de julho, foi de 50 milhões de pessoas ativas. Naquela altura, os usuários gastavam uma média de 21 minutos por dia no app ? hoje, a média é de 3 min, enquanto, no X, é superior a 30 min diários.
?? No Brasil, a situação também não está das melhores... Dos 21% de usuários brasileiros do Instagram que se cadastraram no Threads, menos de 1/3 ainda usa a rede social.
Por que caiu tanto?
? Fim do hype inicial. Quando uma novidade surge, todo mundo só fala naquilo, atraindo muitos curiosos que só queriam estar por dentro da tendência ? que acabou.
? Crescimento artificial. Esse boom do começo só foi possível pelo fato de que os usuários iniciais vieram do Instagram e Facebook, também da Meta, que somam 5 bilhões de usuários ativos.
? Baixa adesão. De nada adianta ter centenas de milhões de usuários se essas pessoas não usam, efetivamente, a plataforma. Uma conta criada é só mais uma conta criada, desde que não esteja em uso.
Pense que o Threads não criou nenhuma inovação ou grande facilidade ao usuário. Em outras palavras, qual o atrativo para alguém migrar do X para o Threads? É muito diferente do TikTok, por exemplo, que trouxe a ?revolução dos vídeos curtos?.
Sem contar que muitas pessoas que baixaram ao app nem sequer usavam o Twitter. Assim, não era um formato que estavam familiarizadas ? ou que gostavam ?, e logo largaram. O hype inicial também ajuda a explicar isso.
Apesar do ?fracasso??
(Imagem gerada por AI: Ynet | Reprodução)
Mark Zuckerberg já disse algumas vezes que a Meta busca estabilizar o serviço e adicionar novos recursos para reter os usuários.
- Por mais que, por enquanto, seus esforços não estejam dando certo, quem é que vai duvidar do Zuck?
Até porque, estamos falando de uma plataforma que possui uma grande base de usuários e que têm, por trás, a maior empresa de redes sociais do mundo, com ?budget quase infinito? para investir no projeto e que, historicamente, se deu bem copiando concorrentes.
O que muda, dessa vez, é que não se trata de uma nova feature no Instagram, como os Stories ou Reels, mas, sim, um novo app. Isso gera uma barreira maior, que a Meta tenta contornar com integrações entre Threads e Insta, através de notificações, número de entrada na bio e inserções no feed. Não vai ser fácil buscar o tio Musk.