A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já dura uma semana e segue sem previsão de término. O órgão, embora sustente que a paralisação dos servidores não impactou significativamente os serviços prestados à população, reforça as orientações para cidadãos que precisem de atendimento.

Segundo INSS, mais de 100 serviços podem ser agendados por meio do site Meu INSS; pela plataforma de mesmo nome, que tem versão para celular (app) ou pela central de atendimento telefônico 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Cidadãos que necessitarem de atendimento pericial para a obtenção do auxílio-doença são orientados a usar o Atesmed, serviço de avaliação remota de documentos que o instituto implantou prometendo tornar a análise mais rápida e menos burocrática, dispensando a realização de perícia presencial.

Nos casos de perícia médica já agendada para benefício por incapacidade temporária, o segurado pode pedir conversão de agendamento de perícia para o Atestmed.

“Para os demais casos, a orientação é reagendar o atendimento pelo 135 ou Meu INSS”, orienta o instituto.

Negociações em aberto

O governo fez uma nova proposta de reajuste acumulado de até 28,7% em quatro anos (2023-2026) à categoria na última segunda-feira (22), conforme informações do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A Confederação dos Trabalhadores Servidores Público Federal (Condsef) e o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social (Sinss-BR) afirmaram que avaliariam a proposta, mas solicitaram mais informações ao MGI para a realização de estudos.

Uma nova assembleia está marcada para quarta-feira, 24 de julho, para que a categoria decida se vai aceitar ou não a proposta enviada pelo governo. Enquanto isso, a palavra de ordem do SINSSP-BR é manter a greve.

Serviços impactados

O INSS mantém 19 mil servidores ativos. São 15 mil técnicos que são responsáveis por quase todos os serviços do INSS, mais 4 mil analistas. Cerca de 50% dos trabalhadores atualmente ainda estão no sistema de trabalho remoto, mas o sindicato da categoria afirma que o grupo também está aderindo à greve.

A paralisação afeta serviços como análise e concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimentos presenciais (exceto perícia médica), análise da recursos e revisões, de acordo com o sindicato.

Com isso, a operação pente-fino – que seria feita nos auxílios temporários para garantir a economia de R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias, anunciada recentemente pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi – pode ficar comprometida.

(Com informações da Agência Brasil)

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