O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou, pela terceira vez consecutiva, a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,50 ponto percentual – para 12,25% ao ano. Com a decisão, aumentou o número de fundos imobiliários que pagam dividendos acima do indicador. Levantamento do InfoMoney com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras, lista 31 FIIs que apresentaram dividend yield superior ao novo patamar da Selic. O número é maior do que os 23 observados no estudo de setembro. A relação toma como base apenas os fundos que compõem o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – e que, nos últimos 12 meses, tenham tido retorno total (valorização da cota mais distribuição de dividendos) positivo. Com um dividend yield na casa de 17%, o Hotel Maxinvest (HTMX11) e o Cartesia Recebíveis (CACR11) encabeçam a lista. Na sequência, aparecem Riza Akin (RZAK11) e RBR Plus Multiestratégia ([ativo=RBRX]) com taxas acima de 15%. Confira a lista completa:
Fonte: Economatica – 03/10/23 Levante Ações de Alta Valorização Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos Leia também: O cenário de redução da Selic pode elevar em mais de duas vezes o retorno dos fundos imobiliários, afirma Rodrigo Sgavioli, head de alocação do research da XP, que comparou o comportamento dos fundos imobiliários com outras classes de ativo. As ações, por exemplo, apresentaram um retorno médio anual de 12,5% nos últimos dez anos, detalha o analista. O percentual foi o maior entre as classes pesquisadas, mas também ofereceu o nível de volatilidade mais alto no período. Já os fundos imobiliários tiveram um retorno médio anual de 8%, menor do que o das ações, mas com praticamente um terço da volatilidade das empresas listadas na B3. Mas em um cenário de queda dos juros, a relação risco e retorno dos ativos pode se tornar ainda mais atrativa, afirma Sgavioli. Para dimensionar o potencial, ele analisou o comportamento dos ativos nos períodos entre agosto de 2011 e outubro de 2012 e de setembro de 2016 até agosto de 2020 – marcados pela redução da Selic. Nestes períodos, ele observou que o retorno das ações pode subir para 12,8%, ou seja, um pouco acima da média anual dos últimos dez anos. No entanto, a volatilidade desta classe de ativo cai consideravelmente em cenários de cortes de juros. A relação risco e retorno dos FIIs se torna ainda mais atrativa. Embora a volatilidade tenha apenas uma leve melhora, o ganho dos fundos pode mais do que dobrar em relação à média histórica (8%) e chegar a 19,8%. Leia mais: |
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