SÃO PAULO (Reuters) – O Corpo de Bombeiros de Palotina, no Paraná, informou na manhã desta quinta-feira que subiu para 8 o número de mortos após uma explosão em um silo da C.Vale, uma cooperativa agroindustrial da região, enquanto uma vítima continua desaparecida. Em nota oficial, os bombeiros disseram que sete vítimas morreram no local, enquanto uma morreu após ser transferida para atendimento médico em Cascavel. Os bombeiros ainda afirmaram que o governador em exercício do Paraná, Darci Piana, o comandante dos Bombeiros, coronel Manoel Vasco, e o secretário da Segurança do Estado, Hudson Leôncio Teixeira, estão a caminho do local da explosão para “a continuidade da operação” e “prestar solidariedade aos moradores da cidade”. Na quarta-feira, o Corpo de Bombeiros havia informado que “montou uma força-tarefa” para atender o incidente, com “mais de 35 bombeiros militares, 11 viaturas e cães da própria cidade e de Cascavel e Toledo, que ficam na região”. A nota ainda relata que a Secretaria de Estado da Saúde “permanece em alerta para o apoio operacional e de assistência nas unidades e estruturas hospitalares do Estado”. ParceriaNa segunda-feira (24) a C.Vale anunciou um acordo com a Engie Brasil Energia para compra de certificados de energia renovável que irão neutralizar 100% de suas emissões de gases de efeito estufa de escopo 2 (indiretas, provenientes da energia elétrica consumida) realizadas em 2023 e 2024. O negócio, que não teve valor informado, prevê a neutralização das emissões de 189 unidades de negócios da C.Vale, incluindo um complexo agroindustrial com fábricas de rações, matrizeiros de aves e de alevinos, incubatório, abatedouros de frangos e de peixes e indústria de termoprocessados. Os certificados renováveis, mais conhecidos como “I-RECs”, serão emitidos pela Engie a partir da usina hidrelétrica São Salvador, localizada no Rio Tocantins. A hidrelétrica, além de produzir energia renovável, também realiza investimento anual em programas socioambientais da região, o que também é um dos critérios diferenciais para a certificação dos I-RECs no mercado brasileiro. A operação está alinhada aos planos da C.Vale de acelerar iniciativas da agenda socioambiental, com ações que passaram a ser cobradas pelo “cidadão-consumidor consciente”, disse o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, em nota. Segunda maior cooperativa agroindustrial do país, com faturamento anual de 22,6 bilhões de reais e mais de 26 mil associados, a C.Vale já tinha a Engie como fornecedora de energia renovável desde 2019, com contratos de longo prazo fechados no âmbito do ambiente de contratação livre. O mercado brasileiro de certificados de energia renovável vem crescendo, em meio à preocupação cada vez maior das empresas em limpar seu consumo de energia elétrica. A expectativa é que o volume transacionado praticamente dobre neste ano, alcançando de 45 milhões a 50 milhões de I-RECs, com apostas de empresas como Vibra e Auren Energia. Ao todo, a Engie Brasil comercializou 10 mil gigawatts-hora (GWh) de certificados renováveis entre 2021 e 2022. No primeiro trimestre deste ano, as transações somaram 700 GWh. (Com informações da Agência Reuters)
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