Em seu pedido de recuperação judicial, enviado à Justiça na noite de terça-feira (31), a gestora SouthRock Capital admitiu que perdeu a licença de operação exclusiva das lojas Starbucks no país desde o fim da semana passada e pede ao judiciário que reverta a rescisão promovida pela dona da marca. Na petição de mais de 600 páginas, a gestora diz que foi comunicada do exercício da cláusula de rescisão pela Starbucks Coffee International no dia 13 de outubro por conta de seguidos problemas no pagamento de royalties. A decisão apertou ainda mais a SouthRock que precisou acelerar com os trâmites de sua RJ. “O faturamento bruto que pertence ao grupo obtido mensalmente pelas lojas/cafeterias Starbucks supera o montante de R$ 50 milhões e representa relevantíssima parcela do fluxo de caixa consolidado do Grupo SouthRock”, escreveu a companhia. Em outro trecho, o grupo justifica o pedido de proteção contra os credores em função de que 80% de seu endividamento atual tem origem em operações que foram garantidas por No processo, a SouRock voltou a citar os problemas enfrentados desde a pandemia de covid. Em 2020, o grupo afirma que observou uma queda de 95% em suas vendas, tendo suportado “grande inadimplência” por parte de seus parceiros comerciais. Nos anos seguintes, houve queda de 70% em 2021 e de 30% em 2022, “motivo pelo qual a plena recomposição de seu fluxo de caixa ainda não foi atingida”, acrescenta. A SouthRock Capital pediu a proteção contra credores para ela e mais 24 empresas do grupo, como Eataly, TGI Fridays e Brazil Airport Restaurantes (BRA). A operação brasileira do Subway, aquisição recente do grupo, ficou de fora – uma hipótese é que a empresa constituída tem menos de dois anos de existência, o que não teria respaldo na lei de falências. IM Business Newsletter Quer ficar por dentro das principais notícias que movimentam o mundo dos negócios? Inscreva-se e receba os alertas do novo InfoMoney Business por e-mail. |
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