 O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comparou nesta segunda-feira (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Getúlio Vargas, ao sugerir que ambos voltaram ao poder após terem governado por um longo período, apenas para deixar o país em “confusão” – no caso de Vargas, por ter tirado a própria vida em 1954. Segundo Tarcísio, o principal nome da direita cotado para disputar a Presidência em 2026 segundo pesquisas de intenção de voto, o próximo governo deverá emular Juscelino Kubitschek, que sucedeu Vargas com o famoso plano “50 anos em 5”. “Lá atrás a gente teve uma pessoa que governou o Brasil por muito tempo, fez muita coisa, que foi Getúlio Vargas. [Após seu suicídio], instala-se a confusão no Brasil. Eis que vem Juscelino Kubitschek, com o lema ousado ’50 anos em 5′. Ele impulsiona a indústria, interioriza o Brasil, e constrói Brasília não em cinco, mas em três anos”, contou o governador de São Paulo, em fala durante seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil. “Um líder disruptivo que implantou bases para darmos o salto subsequente”, prosseguiu. Sem falar sobre sua possível candidatura no ano que vem, ele disse que o novo governo deverá resgatar JK: “Eu não vai ser qual vai ser o lema do próximo governo, mas sei que a gente precisa fazer pelo menos 40 anos em 4”. Relembre JKO governo de Juscelino Kubitschek foi marcado pela sua política desenvolvimentista, desenhado em um programa econômico que estipulava 31 metas para garantir o desenvolvimento econômico do Brasil, com prioridade para indústria de base, energia e de transporte. JK, que terminou seu mandato com alta popularidade e ingressou, em 1966, à Frente Ampla, movimento encabeçado por Carlos Lacerda pela redemocratização do país, que contava também com o ex-presidente João Goulart, derrubado pelo golpe em 1964. Juscelino morreu em um acidente de carro na Via Dutra em 22 de agosto de 1976. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte foi acidental, mas membros da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo concluíram o oposto e afirmaram que Juscelino Kubitschek foi morto pela ditadura.
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