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Economia

Tarifaço é a principal preocupação de investidores institucionais, diz pesquisa

- 10/07/2025 11 Visualizações 10 Pessoas viram 0 Comentários
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A política tarifária de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é a principal preocupação dos investidores globais em relação ao canário macroeconômico global. Uma pesquisa da Schroders, cedida com exclusividade ao InfoMoney, mostrou que 63% dos investidores institucionais e gestores de patrimônio ao redor do mundo apontam as tarifas como o fator que traz mais apreensão sobre a economia nos próximos 12 meses.

Na América Latina, a preocupação com as tarifas é um pouco menor — 52% — e dá espaço para receios com aumento de regulação (13%), recessão econômica (11%) e alta da inflação (11%). A pesquisa da gestora global ouviu 995 profissionais que administram US$ 67 trilhões em ativos na América, Europa e Ásia. 

Com a incerteza comercial em foco, a prioridade dos investidores institucionais para as carteiras nos próximos 18 meses está no aumento da resiliência, segundo 55% dos entrevistados. “A resiliência agora está no topo da agenda de investimentos, já que a maré alta não levanta mais todos os barcos. Nesse ambiente, as estratégias ativas fornecem o controle necessário para que os investidores gerenciem a complexidade, criem resiliência no portfólio e aproveitem as oportunidades”, analisa Johanna Kyrklund, diretora global de investimentos da Schroders. 

A especialista cita as estratégias com gestão ativas porque outro achado do levantamento revela que quatro em cada cinco (80%) investidores estão um pouco ou consideravelmente mais propensos a aumentar o uso de estratégias de investimento com gestão ativa no próximo ano. Na América Latina, esse percentual é ainda maior: 85%.

Dos 55% que elencam a resiliência como prioridade nos portfólios, 82% afirmam estar aumentando a busca por gestão ativa para os recursos que têm sob custódia; 52% ainda reforçaram a busca por oportunidades de investimento. 

“O cenário mais amplo é que os mercados financeiros ainda estão se ajustando a taxas de juros estruturalmente mais altas, que se tornam dolorosas em muitos casos por altos níveis de endividamento. Isso levanta questões sobre as tendências futuras do mercado e o valor de abordagens passivas em um período de maior incerteza”, diz Kyrklund.

Maior rentabilidade

Entre as estratégias com gestão ativa que vão gerar maior rentabilidade, na visão dos profissionais, os fundos de ações aparecem como os preferidos, citados por 46%, seguidos dos fundos de private equity (45%). Na América Latina, os profissionais citaram principalmente private equity (50%), ativos imobiliários (37% e ações e crédito privado (33%) empatados em terceiro lugar. 

Entre os que preferem as ações, 51% acreditam que a diversificação internacional trará melhor desempenho às carteiras. Na América Latina, essa parcela chega a 80%, enquanto apenas 13% apostam nas ações domésticas como fonte dos melhores retornos. 

A preferência por ações globais acontece enquanto o S&P 500 é apontado por 74% de todos os entrevistados como o índice que mais preocupa em relação a concentração de mercado, indicando que a diversificação global não tem apenas os Estados Unidos como destino. 

Retorno ajustado ao risco

Enquanto as opções de maior retorno podem ser os fundos de ações ou private equity, as melhores opções para garantir retorno com risco menor estão na renda fixa, em títulos públicos e produtos alternativos, segundo 44% dos entrevistados. Logo em seguida, aparecem ações de alto rendimento (41%) e crédito privado (33%).

Dos investidores que identificaram as alternativas em crédito privado como um dos seus três principais geradores de retorno para o próximo ano, os títulos ligados a de infraestrutura e os produtos securitizados foram alternativas populares, com 63% e 60% dos investidores, respectivamente, classificando-os como uma das três principais classes de ativos para retornos. Na América Latina, os produtos securitizados (71%) lideram.





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