Conhecida como ‘taxa das blusinhas’, a taxação das compras internacionais vai deixar os itens mais caros para o consumidor brasileiro. Depois de o governo federal sancionar em junho a lei que estabelece a taxação de compras internacionais acima de US$ 50, agora, foi a vez dos Estados anunciarem um acordo para elevar a alíquota do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre compras internacionais. O anúncio deixou os consumidores brasileiros preocupados. Afinal, o preço das importações vai aumentar já para as compras de Natal? A resposta é não. A medida terá efeito a partir de 1º de abril de 2025, quando as compras em e-commerces como Shopee, Shein e AliExpress terão mais impostos. O advogado Morvan Meirelles Costa Junior, sócio-fundador Meirelles Costa Advogados, explica que os Estados decidiram aumentar o ICMS nas compras internacionais feitas pela internet, passando de 17% para 20%. A decisão foi tomada pelo Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) e tem como objetivo alinhar o tratamento tributário de importações com o mercado interno e fortalecer a economia nacional. Leia também:
“É importante frisar que para os Estados em que a alíquota modal seja inferior a 20%, essa mudança deverá ser necessariamente precedida de aprovação da respectiva alteração pela Assembleia Legislativa competente”, diz o advogado. De acordo com ele, para o consumidor, essa alteração representará inegável aumento de carga tributária nessas hipóteses. “Por exemplo, para uma compra de USD 40, ou R$ 238,72 na conversão atual, a carga tributária atual, considerando a certificação da plataforma de compra no programa remessa conforme, o que significa a aplicação de uma alíquota de 20% de imposto de importação e de 17% de ICMS, é de aproximadamente 44,58%, ou R$ 106,42 de impostos”, explica. Ele destaca que é importante esclarecer que o cálculo do ICMS leva em consideração a inclusão do imposto de importação em sua base de cálculo, bem como o próprio tributo, no chamado “cálculo por dentro”. No caso de aumento da alíquota de ICMS para 20%, a projeção é de uma carga tributária final, também no exemplo acima de compra inferior a USD 50 em plataforma cadastrada no programa Remessa Conforme, de 50% ou, nominalmente para o caso de uma compra no valor de USD 40 (R$ 238,72), R$ 119,36 de impostos, R$ 12,94 na compra hipotética aqui considerada. Neimar Rossetto, contador e gerente de produtos no Grupo Nimbus, explica as principais mudanças. Confira: O que muda para o consumidor
Dicas para economizar e pagar menos taxas:Além disso, Rossetto dá algumas dicas para os consumidores:
“Lembre-se de que, além dos impostos, é importante considerar o prazo de entrega e a possibilidade de taxas adicionais ao realizar compras internacionais”, finaliza Neimar. |
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