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Economia

Tebet e Rui Costa defendem Lula e criticam mercado: “Isso é jogar contra o país”

- 05/12/2024 3 Visualizações 3 Pessoas viram 0 Comentários
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Dois dos mais importantes nomes do primeiro escalão do governo federal defenderam nesta quinta-feira (5) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e rebateram as críticas feitas por parte do mercado financeiro, temeroso em relação ao efetivo compromisso da atual gestão com a responsabilidade fiscal e o corte de gastos públicos. 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), discursaram durante  a cerimônia de inauguração da fábrica de celulose da Suzano (SUZB3), em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, e saíram em defesa de Lula. 

Desde a divulgação das medidas do pacote fiscal e também da isenção do Imposto de Renda (IR) para os contribuintes que recebem até R$ 5 mil, grande parte do mercado financeiro demonstrou frustração e preocupação com o que foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Nos últimos dias, o dólar ultrapassou a marca dos R$ 6. 

“Eu não posso acreditar que, em uma terra que se plantando tudo dá, tendo os maiores mananciais de água doce do mundo, com investimentos públicos e privados andando no Brasil, estando com a menor taxa de desemprego da história e a maior taxa de ocupação, tendo tirado 3 milhões de pessoas da extrema pobreza, o tal do mercado avalie em 90% o seu governo como ruim. Isso não é imparcialidade. Isso é jogar contra o país”, criticou Simone Tebet. 

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“E quem joga contra o país quer ajudar a afundar o país. Nós não vamos deixar, graças ao setor privado, ao agronegócio, ao comércio e à indústria”, complementou a ministra do Planejamento, que faz parte da equipe econômica do governo. 

Na quarta-feira (4), uma pesquisa divulgada pela Quaest mostrou uma piora na avaliação do governo Lula entre gestores, economistas, analistas e operadores de fundos de investimento.

A reprovação do presidente subiu de 64% para 90% desde o levantamento anterior, em março, voltando à marca do início do terceiro mandato do petista – quando nove de cada dez profissionais de fundos de investimento também tinham uma avaliação negativa do governo.

Assim como Tebet, Rui Costa também criticou a reação negativa do mercado. 

“Aqui está a vida real, a economia real. Aqui estão as pessoas: gestores, proprietários, gerentes, trabalhadores da produção. Que, com o seu trabalho e inteligência, ajudam a construir a economia real do Brasil. O presidente Lula se elegeu e escolheu o lema do seu governo: ‘união e reconstrução’. Isso significa dialogar com todos”, disse o chefe da Casa Civil. 

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“O presidente recebeu um país desarrumado fiscalmente, sem nenhuma responsabilidade fiscal de quem aqui estava. Não é discurso”, prosseguiu Costa. “Em 2022, o governo que aqui estava emprestou R$ 11 bilhões da Caixa Econômica Federal para ajudar condutores de táxi ou de aplicativo, com empréstimos da Caixa. Mais da metade de quem tomou empréstimo sequer tinha carteira de motorista.”

O ministro classificou como “pessimistas” os analistas do mercado que fazem projeções sobre a economia brasileira. “Diziam que cresceríamos 1% no ano passado. Crescemos 3%. Neste ano, esses mesmos pessimistas diziam que o Brasil cresceria 1,5%. O Brasil vai fechar o ano crescendo 3,5%”, afirmou. 




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