![]() A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 (2T24) ganha força nesta semana e pode ser um importante catalisador para o mercado, com a Bolsa brasileira tendo um alívio recente em meio às revisões para cima do lucro por ação das empresas que compõem o Ibovespa, o benchmark da Bolsa. Mas quais serão os destaques positivos e negativos da temporada? Em relatório, a equipe de estratégia do Santander no Brasil destacou a projeção de uma alta de cerca de 17% no lucro líquido das empresas brasileiras na base de comparação com o 2T23, considerando as cerca de 150 companhias sob cobertura dos analistas do banco, segundo relatório a clientes. “Apesar da piora das condições financeiras, causada em parte por fatores externos, mas também por questões internas, como preocupações com a situação fiscal e a política monetária, o segundo trimestre de 2024 mostrou atividade resiliente e inflação controlada, o que deve permitir que as empresas sob nossa cobertura tenham um bom desempenho, em média”, afirmaram. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos Para a receita líquida, a equipe chefiada por Aline Cardoso estima avanço de quase 4%, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) pode ter subido cerca de 21%. Na base trimestral, as previsões dos apontam alta perto de 12% no lucro, de 0,4% para a receita e de cerca de 13% para o Ebitda. Em dólares, o Morgan Stanley projeta o Ebitda em alta de 14% na base anual, apesar da recente fraqueza do câmbio. A projeção é de alta anual de 7% para as receitas e de 6% para os lucros. Com relação aos segmentos, o Morgan vê que o segmento doméstico (+21% de crescimento anual do lucro por ação, ou LPA) deverá apresentar desempenho superior (alimentação e setor financeiro, principalmente). Enquanto isso, espera que as commodities (-10%, de LPA) tenham um desempenho inferior. Saiba mais: Confira o calendário de resultados do 2º trimestre de 2024 da Bolsa brasileira O Santander também espera que o desempenho dos resultados de empresas de setores sensíveis à economia brasileira deve ser positivo novamente no período, estimando um aumento de 22% ano a ano no lucro líquido no segundo trimestre de 2024, após incremento de 21,5% no primeiro trimestre também na comparação anual. Destaques de ações da temporadaEm termos de empresas específicas, a equipe de estratégia do Santander apontou acreditar que Smart Fit (SMFT3), Telefônica Brasil/Vivo (VIVT3), Rumo (RAIL3) e Suzano (SUZB3) podem ser os destaques positivos do segundo trimestre, com Bradesco (BBDC4), Petz (PETZ3), Localiza (RENT3) e Gerdau (GGBR4) na ponta oposta, como destaques negativos. Já o Morgan Stanley vê que quatro empresas podem se destacar positivamente em relação ao consenso de mercado: a gigante de bebidas Ambev (ABEV3), a empresa de educação Ânima (ANIM3), a elétrica Energisa (ENGI11) e também a Rumo, citada pelo Santander. Por outro lado, os estrategistas do banco veem que a educacional Cogna (COGN3) e a fabricante de medicamentos Hypera (HYPE3) podem decepcionar o consenso de mercado, sendo os destaques negativos. Destaques positivosSobre Smart Fit, a expectativa do Santander é por um crescimento consistente das receitas (+28,1% na base anual) e rentabilidade sólida, mesmo com um forte cronograma de aberturas de academias durante o trimestre (+59 academias esperadas versus +28 academias no 2T23). Para o banco, o crescimento mais moderado dos resultados financeiros não está relacionado com uma mudança nas tendências operacionais. “Esperamos que o destaque do 2T24 seja a operação do México, beneficiada pela sazonalidade positiva na região e pelo aumento de tickets”, avalia. Já para a Vivo, o Santander espera uma receita líquida de R$ 13,6 bilhões no 2T24, implicando um crescimento de 6,8% ano a ano. No segmento móvel, prevê um crescimento da MSR (receita de serviço de móveis) de 8,3% ano a ano, uma pequena desaceleração em relação aos +9,3% do 1T24, mas ainda significativamente acima da inflação. “Na nossa opinião, esse forte desempenho deverá resultar da implementação bem-sucedida de aumentos de preços, juntamente com sólidas adições líquidas de assinantes”, avalia. No segmento de telefonia fixa, projeta crescimento de receita de 4%, uma aceleração versus a alta de 1,6% do 1T24 e impulsionado principalmente por um forte desempenho em FTTH (fibra ótica em casa) e corporativo. Sobre Rumo, após um 1T24 com números de volumes reportados abaixo das expectativas de consenso, a companhia vem apresentando surpresas positivas nos últimos meses, que somadas a novos contratos com rentabilidades favoráveis, podem resultar em uma surpresa positiva no Ebitda para o 2T24, na visão do Santander. O Morgan também vê a empresa registrar fortes preços e volumes. O Morgan vê potencial para a Ambev surpreender tendo os volumes de cerveja no Brasil como principais catalisadores positivos e enxerga para a Energisa volumes sólidos na distribuição de energia. A Ânima, por sua vez, está em fase de recuperação, com expectativa de um forte trimestre com expansão de margens e desalavancagem, com a empresa colhendo os frutos do processo de otimização.
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