![]() O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta terça-feira (15) que a formalização no mercado de trabalho não é, por si só, motivo para excluir beneficiários do Bolsa Família. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, ele defendeu as mudanças implementadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no programa de transferência de renda. “Assinar a carteira de trabalho não é motivo para cancelar o benefício. O objetivo é superar a pobreza, e não penalizar quem busca um emprego formal”, declarou. Atualmente, o programa de distribuição de renda atende cerca de 7 milhões de famílias, das quais 34% já recebem o benefício há mais de uma década. Para o ministro, o cenário já foi mais crítico. “Quando chegamos ao governo, havia aproximadamente 14 milhões de pessoas que passavam praticamente a vida toda no Bolsa Família. De 2023 a 2024, cerca de 5,3 milhões de famílias — algo em torno de 20 milhões de pessoas — superaram a situação de pobreza e deixaram o programa”, disse. Segundo Dias, uma das principais mudanças no programa é garantir que aqueles que melhoram temporariamente de renda permaneçam com o benefício por um período. “Agora, quem entra no Cadastro Único só sai para cima. Se perder a renda, retorna automaticamente”, explicou. O ministro também rebateu críticas de que os beneficiários “não querem trabalhar”. “O que eles querem é um emprego decente, com renda adequada. Em janeiro e fevereiro, mais 374 mil pessoas passaram a trabalhar com carteira assinada. Muitos ocupam bons postos de trabalho. Cerca de 10% da população economicamente ativa do Bolsa Família possui nível superior ou está cursando o ensino superior”, destacou. Leia também: Lula defende isenção do IR e diz que Bolsa Família é apoio, não destino Dias afirmou ainda que o governo busca oferecer um “colchão de segurança” que permita aos beneficiários focar na qualificação e na busca por emprego. “Se alguém da classe média quer crescer, imagina quem está no Bolsa Família. Queremos uma classe média cada vez maior no Brasil”, concluiu. |
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