Termina nesta segunda-feira (4) o prazo para investidores brasileiros garantirem o próximo dividendo que será distribuído pela Nvidia (NVDC34). Mas diferentemente da valorização da empresa, o provento não chega necessariamente a empolgar o mercado. Nos últimos doze meses, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da companhia registram alta de 240%; só em 2024, a valorização já se aproxima de 80% – desempenho puxado principalmente pelo último balanço da empresa. No quarto trimestre de 2023, o grupo acumulou um lucro líquido de US$ 12,285 bilhões, uma alta de 769% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O lucro diluído por ação da companhia foi de US$ 4,93, acima da previsão dos analistas consultados pela FactSet, de US$ 4,59. Leia também: Mas para quem imaginou que o forte resultado poderia turbinar os dividendos distribuídos pela Nvidia, o próximo repasse mostra o contrário. A empresa vai pagar a fração de R$ 0,002785665 por BDR aos investidores com posição no final da sessão desta segunda-feira (4). O valor está em linha com o montante que vem sendo repassado nos últimos anos pela companhia. Histórico de dividendos da Nvidia (NVDC34) “Como são empresas de crescimento, as companhias do setor de tecnologia não distribuem todo o lucro”, explica Fernando Siqueira, head do research da Guide Investimentos. “Essas companhias retêm boa parte dos lucros e reinvestem o recurso no próprio negócio”, explica. A Nvidia controla atualmente cerca de 80% do mercado de chips de IA (Inteligência Artificial) de ponta, com clientes como OpenAI, criadora do ChatGPT, Microsoft, Alphabet e Meta. Siqueira pondera que, dada a elevada relação preço e lucro, o dividendo da Nvidia seria baixo mesmo se a empresa distribuísse todo o lucro. “[Por isso, empresas como estas] não são indicadas para quem busca dividendos”, reflete Siqueira. “Estas empresas são mais indicadas para investidores focados em valorização”, pontua. O próximo dividendo da Nvidia será depositado no dia 3 de abril e já considera os descontos de 30% de Imposto de Renda, 0,38% de IOF e 3% de tarifa cobrada pela B3 – custos relacionados ao recebimento de dividendos dos BDRs. Leia mais: |
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