Os juros dos títulos do Tesouro Direto têm forte queda nesta quinta-feira (15). O mercado ainda repercute a manutenção das taxas de juros nos Estados Unidos. Hoje, decisão de juros na Europa e dados do setor de serviços movimentam o mercado. Na sessão de quarta-feira (14), a remuneração dos títulos públicos subiu. Investidores se apegavam à projeção do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que prevê juros na faixa de 5,6% ao ano ao final de 2023. Logo, haveria espaço para mais dois ajustes de 25 pontos-base na taxa ainda este ano. Hoje, é possível observar precificação com ênfase na manutenção da taxa de juros. Leia também: • Fed mantém taxa de juros nos EUA, mas vê duas altas até o fim do ano Após o Fed, hoje foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) anunciar sua decisão de juros. O BCE decidiu manter o ritmo de aperto de sua política monetária e elevou suas taxas de juros em 25 pontos-base. A taxa de refinanciamento (a principal) subiu de 3,75% para 4,0% ao ano; a taxa sobre depósitos, de 3,25% para 3,50%; e a taxa sobre empréstimos marginais, de 4,0% para 4,25%. A decisão já era amplamente aguardada pelo mercado financeiro. No Brasil, a atividade no setor de serviços caiu mais do que o mercado esperava em abril. A queda foi de 1,6% ante março, na série com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2022, o setor mostrou crescimento de 2,7%, na 26ª alta seguida, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho do setor em abril se mostrou pior que o projetado pelo consenso Refinitiv, que previa queda de 0,5% na comparação mensal e alta de 4,3% na leitura ante abril de 2022. Masterclass O Poder da Renda Fixa Turbo Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney) No Tesouro Direto, a primeira atualização do dia, às 9h19, mostrava queda na rentabilidade dos títulos de inflação. O juro real do Tesouro IPCA+ 2029 caía de 5,42% na sessão anterior para 5,30% hoje. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 saía de 5,74% ontem para 5,63% mais cedo e chegava ao menor patamar para a abertura de uma sessão desde 20 de junho de 2022. Já o título de inflação mais longo, que vence em 2055, tinha rentabilidade real de 5,56% ao ano contra 5,65% na véspera. Entre os prefixados, o título com vencimento em 2033 pagava 11,15% ao ano hoje após entregar rentabilidade de 11,32% na sessão de ontem. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 11,17% para 11,01% e o juro do Tesouro Prefixado 2026 era de 10,55% contra 10,66% ontem. Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta quinta-feira (15): BCE eleva jurosO aumento de 25 pontos-base nas taxas de juro pelo Banco Central Europeu foi o oitavo seguido promovido pela autoridade monetária. O consenso Refintiv já previa a alta. O Comitê do BCE disse a inflação tem mostrado recuo, mas prevê que o indicador se mantenha demasiado elevado durante mais tempo. A autoridade monetária atribuiu a decisão a pressões de preços subjacentes, que permanecem fortes, embora alguns dados mostrem sinais hesitantes de abrandamento. Setor de serviços recua no BrasilSegundo do IBGE, a retração de 1,6% do setor de serviços em abril foi puxada por quatro das cinco atividades investigadas. Assim como em março, o setor de transporte se destacou como a principal influência, mas desta vez para o campo negativo. O grupo caiu -4,4%, devolvendo parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março. Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, disse, em nota, que vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. “Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, analisou. Os demais recuos vieram dos serviços de informação e comunicação (-1,0%), dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%). |
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