Os resultados da TIM (TIMS3) vieram fortes como o esperado e o guidance divulgado manteve a visão de tendências favoráveis para a companhia. De acordo com a administração da companhia, o cenário tem se tornado cada vez melhor para o mercado móvel e a proposta de valor da TIM tem sido reconhecida como superior. As ações da companhia apresentam movimento de leve alta em grande parte da sessão desta quarta-feira, 7, registrando valorização de 0,55%, às 13h30 (horário de Brasília), cotada a R$ 18,24. Nas análises sobre o resultado, há pouca surpresa e manutenção de visões para a companhia. No caso do Goldman Sachs, os números apresentados e as visões para os próximos anos permanecem fortes. O destaque do trimestre foi a receita de serviços móveis, com alta de 7,6% em relação ao mesmo período de 2022. O banco tem recomendação neutra para o nome. O JPMorgan considerou os números apresentados para guidance como positivos, porém o gasto de capital (capex, em inglês) aparece como um pouco mais elevado. O ponto foi, inclusive, levantando por analistas durante a teleconferência que a administração realizou para apresentação dos resultados. A CFO da companhia, Andrea Viegas, afirmou que o capex se manteve compatível com as expectativas para a TIM. Junto com o resultado, a TIM divulgou as novas projeções para o plano estratégico que valerá para o triênio de 2024 a 2026, com investimentos na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões por ano. O JPMorgan destacou, entre os dados do balanço, que houve pequena perda no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) devido a receitas mais fracas que o esperado. Contudo, em comparação com o esperado pelo consenso, a perda foi muito discreta e considera em linha. O JPMorgan tem recomendação overweight (exposição superior, similar à compra) para o papel, mantida após o balanço. Para o Research da XP, o balanço refletiu a recuperação importante do setor, que lidou com muitos desafios nos últimos anos. Com as mudanças estruturais presentes nos últimos anos, o setor viveu ponto de inflexão em 2023, com maior aceleração na geração de receita e de caixa. “A TIM passou por mudanças estruturais e continua colhendo os benefícios da consolidação e market repair. Historicamente, o setor sempre teve dificuldades para repassar a inflação, mas os resultados mostram que, após a consolidação do mercado, esse cenário mudou, e hoje a racionalidade prevalece entre os três players, que conseguiram aumentar os preços de seus planos em todos os segmentos, inclusive no pré-pago, historicamente mais competitivo e com uma demanda mais sensível a preços”, afirma a XP, que considera a TIM como top pick no setor de Telecom, com recomendação de compra e preço-alvo para final de 2024 de R$ 21,00 por ação.
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