Com mais uma surpresa positiva nos preços, os prefixados recuperaram protagonismo nas recomendações de investimento em novembro. Na última sexta-feira (10), o mercado conheceu números considerados positivos de inflação no Brasil. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,24% em outubro ante expectativa de 0,29% dos agentes. Em relatório, Lucas Queiroz, estrategista de renda fixa para pessoa física do Itaú BBA, diz enxergar prêmio “elevado” de inflação nos próximos anos, já que a inflação implícita (diferença entre juros nominais, vigentes na curva DI, e reais, com desconto da inflação) para este ano já atinge 4,57% ao ano e trechos mais longos da curva indicam inflação implícita de 5,5% ao ano. Essa diferença fez o Itaú BBA aumentar a aposta em prefixados, reduzindo a exposição ao Tesouro Selic. O cenário previsto pela casa é de apreciação do real ante o dólar e redução das taxas de longo prazo nos Estados Unidos, o que puxaria as taxas de prefixados para baixo nas próximas semanas. Já na XP, a recomendação é investir em um prefixado de curto prazo “diante do cenário particularmente incerto para além de 2023”. A recomendação do Santander em renda fixa pública não mudou: o Tesouro IPCA+ 2035 segue como o título favorito do banco para se proteger em caso de surpresa negativa com a inflação ou lucrar com a venda antecipada do título caso os indicadores de inflação sigam agradando ao mercado. Levante Ações de Alta Valorização Analista de Equities, com mais de 30 anos de experiência no mercado, revela a seleção de Small Caps para você buscar lucros expressivos Confira as recomendações de XP, Santander e Itaú BBA para o investimento em títulos públicos em novembro:
Crédito privadoA carteira de títulos privados recomendados por XP e Itaú BBA tem vencimentos mais longos e diversificação setorial grande. Há papéis de frigoríficos, locadoras de veículos, mineradoras e empresas de energia. Desta vez, a XP focou em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e debêntures, deixando de lado CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que apareceram nas últimas listas de recomendações. Já a carteira de títulos incentivados do Itaú BBA tem apenas debêntures. Uma delas é da Concessionária Auto Raposo Tavares (CART), que tem contrato de concessão para administrar a rodovia Raposo Tavares até 2039. Para o BBA, “A alta dependência da infraestrutura brasileira do transporte rodoviário, as elevadas barreiras à entrada no segmento e a maior resiliência aos ciclos econômicos, beneficiam a previsibilidade da geração de caixa da CART”. A casa ainda destaca os níveis “moderados” de investimento da empresa. No setor de energia, a XP recomenda uma debênture da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), controlada pela Equatorial, destacando um bom histórico de reestruturação e diversificação geográfica do grupo. Entre os pontos de atenção, porém, está “a elevada necessidade de investimentos nas empresas em processo de recuperação de ativos”. Na área de papel e celulose, a XP indica um CRA da Klabin, a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil. A liderança da empresa no setor e sua “operação geograficamente diversificada” dão, segundo a casa, confiança para investir no título de dívida da companhia. Confira as recomendações de XP e Itaú BBA para o investimento em renda fixa privada em novembro:
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