O governo do Japão dará cerca de 120 bilhões de ienes, o equivalente a R$ 4,1 bilhões ou US$ 854 milhões, para a Toyota (TMCO34). O montante servirá como apoio ao plano da montadora de investir na produção doméstica de baterias de íon de lítio usadas em veículos elétricos (EV). A informação foi publicada pelo jornal financeiro Nikkei. No início desta semana, a montadora japonesa apresentou seus planos de adotar novas tecnologias e redesenhar suas fábricas, enviando sinais mais claros de sua intenção de tomar uma fatia maior do mercado de baterias elétricas. A ajuda do governo acontece em um momento emblemático: ela chega à medida que o Japão e outros aliados dos Estados Unidos buscam cada vez mais proteger as cadeias de suprimentos longe da China, um importante player em baterias de veículos elétricos. Leia também: Stellantis, da Fiat e Jeep, investe em matérias-primas na América do Sul para garantir a produção de carros no futuro Segundo o jornal japonês, o Ministério do Comércio do Japão designou baterias de armazenamento, incluindo baterias de automóveis, como cruciais para a segurança econômica e destinou 330 bilhões de ienes em seu segundo orçamento suplementar para apoiar seu fornecimento e desenvolvimento. O governo pretende arcar com um terço das despesas de capital e metade do desenvolvimento tecnológico. No caso da Toyota, o valor total do projeto a ser subsidiado chega a 330 bilhões de ienes, disse o jornal. O mercado respondeu bem: nesta quinta-feira, as ações da companhia subiram 1,5% nas negociações. VerticalizaçãoOutras regiões do mundo também estão passando por um processo de verticalização na produção de carros elétricos. A Stellantis, fabricante de marcas como Fiat, Jeel e Peugeot, e a Volkswagen, por exemplo, anunciaram nesta semana um acordo para a compra de duas minas no Brasil. Pouco tempo atrás, em abril, a Sigma Lithium, mineradora canadense comandada pela brasileira Ana Cabral-Gardner e com mina no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, anunciou seu primeiro embarque de lítio. Em outubro de 2022, Cabral-Gardner contou a história da companhia ao podcast Do Zero ao Topo, do InfoMoney. |
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