O Ibovespa terminou a semana passada com alta de 0,37%, registrando os primeiros ganhos para esse período de tempo em quase um mês. O desempenho foi obtido, basicamente, com a recuperação em dois pregões – terça e quarta –, mas no final da semana, ocorreram novas perdas.

Assim, o Ibovespa se encontra, neste momento, em um patamar de preços em que busca superar a resistência na faixa dos 118 mil pontos, mas tenta defender o suporte na região dos 115 mil pontos.

Na abertura desta segunda-feira (28), a Bolsa abriu com leve alta, de 0,15%, indo aos 116 mil pontos. Confira, a seguir, o que esperar do Ibovespa, com base na análise técnica.

Análise técnica Ibovespa

Para o analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, a briga entre “touros e ursos” é nitidamente monitorada quando o mercado distorce mais para uma direção do que para outra, “mas nem sempre essa movimentação é retilínea, e algumas armadilhas podem ser encontradas pelo caminho.”

“Após uma sequência de fortes altas do Ibovespa desde março, o preço finalmente encontrou um patamar de resistência onde segurou os ânimos dos investidores. A esperança de um rompimento firme do patamar dos 123 mil pontos não está completamente abandonada, porém o comportamento do preço atual, não alegra ninguém”, avalia.

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Ele ressalta que, recentemente, após um falso rompimento dos topos anteriores, o gráfico do IBOV formou uma “distribuição que foi rompida na sequência, confirmando o início de uma nova força vendedora influenciando o preço, principalmente considerando que o rompimento aconteceu durante a sequência histórica de 13 pregões seguidos de baixa.”

Gráfico diário do Ibovespa

Enquanto isso, analisando o gráfico de 60 minutos, Lima destaca que a correção que o preço fez no meio da semana passada, quando caiu quase à metade do movimento total de baixa, aumentou “ainda mais a expectativa de desvalorização do ativo ao longo dos próximos dias”.

Lima acrescenta que isso poderia ocorrer principalmente se o patamar dos 114 mil for rompido novamente, tendo um “alvo” projetado para os 108.540 pontos, o que representa uma possível desvalorização de -6,4% do fechamento da semana passada.

Gráfico de 60 minutos do Ibovespa

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Ibovespa: recuperação semanal

Os analistas do Itaú BBA, Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, destacam que, após quatro semanas de quedas consecutivas, o Ibovespa interrompeu essa sequência.

“Embora com uma leve alta, o ponto a ser observado é que tivemos, enfim, uma pausa nas quedas semanais. Isso cria uma expectativa de retomada do movimento de alta a partir da máxima deixada dos 118.200 pontos.”

Assim, avaliam os especialistas do BBA, caso o Ibovespa consiga ultrapassar os 118,2 mil pontos “podemos criar a expectativa do mercado retomar o movimento de alta em busca dos 123.000 pontos.”

Do lado da baixa, entretanto, o índice possui suportes em 115.300 e 114.000 pontos. “Se perder esse suporte, o índice voltará a mirar a importante região de suporte em 111.600 pontos – média móvel de 200 períodos.”

Gráfico diário do Ibovespa

Na opinião dos especialistas do Itaú BBA, “o momento é de transição de um movimento de realização no gráfico diário para o gráfico semanal”.

“Isso implica que o mercado pode buscar a região da MM200 (média móvel de 200 dias) em 111.600 pontos e voltar a subir, só que agora em um horizonte de médio prazo e não mais de curto prazo”, explicam.

Neste contexto, acrescentam, é importante “o investidor separar o que é posição de um gráfico diário e semanal, avaliar seu gerenciamento de risco atual e acionar stops caso seja necessário.”

Tendência de baixa

Por fim, Gilberto Coelho, analista técnico da XP, ressalta que o Ibovespa fechou em nova queda (sexta), “reforçando o sinal de tendência de baixa definida pela média de 21 dias”.

“Uma perda dos 115.390 favorecerá teste de suportes em 114.060 ou 108.000. O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos 118.135, com projeções nos 123.000 ou 130.000”, analisa.

Gráfico diário do Ibovespa

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