![]() A temporada do quarto trimestre de 2024 (4T24) ganha tração nos próximos dias e o Morgan Stanley espera que um grupo diversificado de ações se destaque nos setores de utilities (energia e saneamento), alimentos, infraestrutura e saúde neste trimestre. Por outro lado, mineração e até mesmo algumas ações de utilities e saúde possuem algumas ações com desempenho negativo. Os analistas do Morgan destacam cinco empresas brasileiras onde têm convicção em relação aos resultados, comparado ao consenso do mercado: Três empresas devem superar as expectativas, na visão dos estrategistas do banco americano: Equatorial (EQTL3), JBS (JBSS3) e Rede D’Or (RDOR3), enquanto duas devem ficar abaixo do consenso: Engie Brasil (EGIE3) e Fleury (FLRY3). Veja abaixo os motivos: Destaques positivosJBS (JBSS3)O banco americano destaca a JBS como uma das principais posições de convicção em seu portfólio Modelo da América Latina, com recomendação de compra. Os analistas esperam que 2025 seja mais um ano forte para a JBS, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de aproximadamente R$38 bilhões e geração de fluxo de caixa livre com yield de 12%. Saiba mais:
Para o Morgan, a empresa deve se beneficiar de um real mais fraco, impulsionando as exportações do Brasil e melhorando a conversão de resultados das subsidiárias nos EUA, além de lucros resilientes em PPC, Seara e Carne Bovina dos EUA. Além disso, uma possível listagem nos EUA, que pode ampliar a base de investidores e reduzir o custo de capital. O banco projeta um Ebitda sólido de R$ 10,3 bilhões no 4T24, quase o dobro do registrado no ano anterior e 10% acima do consenso. Equatorial (EQTL3)O Morgan comenta que três pilares sustentam a recomendação de compra para ação da Equatorial: A empresa apresenta uma das maiores taxas de crescimento esperado entre as empresas cobertas pelo banco, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de lucro por ação (EPS) de 22% entre 2024 e 2029, impulsionado por melhorias operacionais e crescimento orgânico.
O Morgan ainda destca que Equatorial é um veículo único para exposição ao setor de utilidades no Brasil, incluindo saneamento, com potencial de expansão via aquisições e reestruturações. Os analistas projetam que o Ebitda Ajustado do 4T24 supere as estimativas do consenso em cerca de 12%, impulsionado por crescimento contínuo de volume e controle de despesas operacionais. Além disso, o processo de reestruturação da unidade de Goiás deve continuar apresentando bons resultados. Rede D’Or (RDOR3)O Morgan reiterou recomendação de compra para Rede D’Or, pois acredita que a empresa continuará expandindo sua base de leitos, consolidando o mercado hospitalar e aumentando sua receita. No curto prazo, a recuperação do MLR (taxa de sinistralidade) na SulAmerica deve contribuir para um crescimento sólido do lucro. A equipe de análise do banco tem uma expectativa positiva para os resultados do 4T24, que deve ser impulsionado pelos números da SulAmerica, graças a evolução positiva do ticket médio e volume. Destaques negativosEngie Brasil (EGIE3)O Morgan destaca que a Engie possui um portfólio de ativos diversificado e relativamente seguro, mas três fatores sustentam sua visão mais cautelosa e recomendação de venda. O banco aponta o valuation pouco atrativo em relação aos pares, estimativas de Ebitda 7% abaixo do consenso e baixo potencial de crescimento nos dividendos, devido ao ciclo intenso de investimentos. A equipe de análise prevê que o Ebitda Ajustado do 4T24 fique cerca de 7% abaixo do consenso, devido ao otimismo excessivo nas margens de geração de energia; impacto negativo da restrição de geração das fontes renováveis; e possível revisão negativa das expectativas para 2025 e 2026. Fleury (FLRY3)O Morgan manteve recomendação neutra para Fleury, pois enxerga pouco espaço para valorização da gigante de diagnósticos no curto prazo, uma vez que o mercado já precificou as sinergias da fusão com o Pardini. Além disso, segundo relatório, há sinais de desaceleração no crescimento dos volumes do PSC e do New Links. “O impacto negativo, no entanto, tem sido parcialmente compensado por um B2B mais forte, com maiores volumes e tickets médios melhores.” Para o 4T24, a expectativa de analistas é negativa, tendo em vista que o quarto trimestre costuma ser fraco para o setor de saúde devido à sazonalidade, mas a Fleury deve sentir ainda mais pressão pela desaceleração dos volumes nos segmentos B2C e B2B. |
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