![]() O presidente dos Estados Unidos Donald Trump enviou uma carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs prisão domiciliar ao ex-mandatário brasileiro. O conteúdo foi divulgado na manhã desta segunda-feira (18) por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em postagem na rede X. Na mensagem datada de 17 de julho e escrita em papel timbrado da Casa Branca, Trump afirma ter testemunhado o que chama de “tratamento terrível” contra Bolsonaro e classifica o sistema judicial brasileiro como “injusto”. “Este julgamento deve terminar imediatamente!”, escreveu Trump. “Você foi um líder respeitado e forte, que serviu bem ao seu país.” A carta ainda inclui críticas diretas ao governo brasileiro, mencionando preocupação com o que chama de ataques à liberdade de expressão, que ele alega também estar ocorrendo nos EUA. “Espero sinceramente que o Governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar opositores políticos e encerre seu ridículo regime de censura”, afirmou o republicano, sem esclarecer as distinções entre os poderes Executivo e Judiciário Ele também não mencionou as acusações feitas a Bolsonaro pela Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo a PF, Bolsonaro comandou uma trama para permanecer no poder após derrota nas eleições de 2022, em plano que incluía o assassinato de autoridades, incluindo Lula e Moraes. A publicação de Eduardo Bolsonaro veio acompanhada de elogios ao presidente americano. “Seu apoio possui enorme valor, sobretudo no âmbito moral e emocional”, escreveu. Ele também afirmou que a carta foi entregue a ele pessoalmente, “original e devidamente assinada”. Na postagem, Eduardo reforçou que Jair Bolsonaro está “numa bizarra prisão domiciliar”, sem direito a entrevistas, redes sociais, telefone celular ou contato com familiares, em referência às medidas impostas pelo STF após a Polícia Federal identificar tentativas de obstruir a ação em curso que apura a denúncia de tentativa de golpe de Estado. A carta reforça o vínculo entre Trump e Bolsonaro em meio à escalada da tensão entre Brasil e EUA. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que uma reunião agendada com o Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, havia sido cancelada sem justificativa. Pouco depois, Eduardo e o comentarista Paulo Figueredo disseram ter se encontrado com Bessent e publicaram uma foto do trio nas redes sociais. No fim da semana, os EUA impuseram ainda mais sanções a autoridades brasileiras, com o cancelamento do visto americano da esposa e da filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Nesta segunda, o jornal The Washington Post publicou uma longa entrevista com o ministro Alexandre de Moraes, na qual ele disse que não “não há possibilidade de recuar um milímetro sequer” no julgamento dos responsáveis pela trama que, segundo a PF, levou aos atos do 8 de Janeiro. Íntegra da carta de Donald J. Trump (tradução livre):A CASA BRANCA |
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