As declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que os sistemas eleitorais de países como Brasil, Colômbia e Estados Unidos não seriam auditáveis, repercutiram mal na Justiça Eleitoral, que não demorou a se manifestar. Nesta quarta-feira (24), um dia depois de Maduro ter afirmado, sem apresentar provas, que as eleições nos três países não podem ser auditadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu o líder venezuelano e informou que, no Brasil, o boletim emitido pelas urnas eletrônicas é “um relatório totalmente auditável”. Baixe uma lista de 11 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos O tribunal eleitoral brasileiro afirma que o Boletim de Urna (BU) é um “relatório detalhado com todos os votos digitados no aparelho”, disponibilizado na porta de cada seção eleitoral do país. Ainda segundo o TSE, a “auditoria e fiscalização dos sistemas eleitorais ocorrem antes, durante e após eleição”, por meio da análise do código-fonte e da lacração das urnas. O TSE diz, ainda, que “é falso que urna eletrônica não permite recontagem de votos”. A instância máxima da Justiça eleitoral brasileira destaca que as urnas eletrônicas utilizadas no país imprimem os BUs, após o encerramento da votação, com o registro de todos os votos digitados em cada aparelho. Como o documento é fixado na porta de cada seção eleitoral, qualquer eleitor pode fazer uma conferência das informações e checá-las com o resultado divulgado posteriormente pelo TSE. A corte eleitoral enviará à Venezuela dois técnicos que acompanharão de perto as eleições presidenciais no país, marcadas para domingo (28). Maduro, que governa a Venezuela desde 2013, é candidato a um novo mandato. As pesquisas dos principais institutos apontam que ele seria derrotado pelo candidato da oposição, Edmundo González Urrutía. Leia também:
“Melhor sistema eleitoral do mundo”Na terça-feira (23), em um comício eleitoral, Maduro colocou em xeque a lisura do processo eleitoral nos EUA, no Brasil e na Colômbia, em meio a uma série de dúvidas da comunidade internacional sobre a legitimidade das eleições venezuelanas. Estados Unidos e União Europeia não reconhecem o processo eleitoral naquele país como confiável. “Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Tem 16 auditorias. Eles fazem uma auditoria, como vocês sabem, em 54% das mesas. Em que outra parte do mundo se faz isso? Nos EUA? É inauditável o sistema eleitoral. No Brasil? Não auditam nenhum registro. Na Colômbia? Não auditam nenhuma ata. Na Venezuela, auditamos no momento, na mesa”, disse Maduro. |
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