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Segurança

Vale monitora ‘efeitos secundários’ de tarifas de Trump e está confiante com a China

- 20/02/2025 29 Visualizações 29 Pessoas viram 0 Comentários
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RIO DE JANEIRO – A Vale (VALE3) não exporta minério de ferro para os Estados Unidos, país que é autossuficiente na produção dessa matéria-prima, mas entende que pode ser afetada por efeitos secundários do “tarifaço” de Donald Trump. Na semana passada, o presidente americano assinou ordens que impõem tarifas de 25% sobre alumínio e aço.

“Entendemos que existe um efeito secundário de arrefecimento de demanda mundial que pode gerar algum impacto”, admitiu Gustavo Pimenta, CEO da Vale, em coletiva de imprensa sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2024.

Analistas já vinham dizendo que a mineradora não sofreria impactos diretos da taxação, mas mostravam preocupação com uma possível queda nas exportações de aço da China, principal comprador internacional da Vale. Pimenta, no entanto, acredita que os chineses responderiam às tarifas com estímulos para consumo interno.

“Neste potencial cenário, não descartaria a possibilidade da China atuar fortalecendo a demanda interna, o que de certa forma geraria a compensação do impacto de exportações menores”, afirmou o CEO.

“O país já demonstrou, ao longo do tempo, que sempre e quando necessário, está disposto a prover os estímulos necessários para a economia atuar”.

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Pimenta relembrou que a economia chinesa cresceu ao redor de 5% em 2024 e produziu um volume superior a 1 bilhão de toneladas de aço.

“Nossa expectativa é que esse ano eles sigam com volume de produção forte, ao redor de 1 bilhão, um pouco acima disso”, afirmou. O executivo falou sobre a mudança do perfil de crescimento econômico chinês, que passou do imobiliário para manufatura e infraestrutura, o que trouxe um equilíbrio de demanda.

“A gente tem ainda outros mercados, como o Sudeste Asiático, que segue sendo importante para a gente fora da China. […] A gente vê Índia e outros mercados crescendo de forma um pouco mais acelerada, ano contra ano, o que faz com que tenhamos um mercado em equilíbrio para 2025”, afirmou.




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