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Vale: produção, alta do minério e boas sinalizações; o que impulsiona VALE3 nesta 4ª

- 11/09/2024 8 Visualizações 8 Pessoas viram 0 Comentários
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A mineradora Vale (VALE3) realiza nesta semana um tour por Carajás com analistas, ao mesmo tempo em que faz diversos anúncios que repercutem nos seus ativos.

Entre os destaques, a companhia elevou nesta quarta-feira sua previsão de produção de minério de ferro para este ano, após um primeiro semestre mais forte do que o esperado, fazendo com que suas ações subissem.

A empresa, uma das maiores produtoras de minério de ferro do mundo, afirmou em um comunicado ao mercado que agora espera uma produção entre 323 milhões e 330 milhões de toneladas métricas em 2024, elevando a previsão anterior de 310 milhões a 320 milhões.

A mudança ocorre depois que a gigante da mineração disse, no início deste ano, que estava confiante em atingir o limite superior da meta anterior, já que, no início de 2024, a produção ficou acima de suas próprias expectativas.

“Estimamos que as mudanças no guidance de produção aumentarão as expectativas de consenso do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para o ano inteiro em 4%”, disseram os analistas do RBC.

“A Vale continua sendo nossa exposição preferencial ao espaço do minério de ferro.”

As ações da mineradora negociadas no Brasil subiam mais de 2% nesta quarta-feira, também impulsionadas pelos preços globais mais altos do minério de ferro, tornando-a uma das maiores ganhadoras no Ibovespa.

Para o Bradesco BBI, a notícia é um desdobramento positivo para a Vale, já que a revisão para cima em sua orientação de produção de minério de ferro sinaliza um desempenho operacional positivo contínuo na divisão. “Observamos que o ponto médio da nova orientação implica um crescimento de produção de 2%”, aponta o banco.

A Vale disse em uma apresentação que, embora tenha planejado produzir 144 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro semestre, a produção totalizou 151 milhões de toneladas. A empresa citou a maior estabilidade operacional e otimização de processos entre as razões para o bom desempenho.

“Esse aumento do guidance é uma confirmação de confiança”, disse o analista da Wood Mackenzie, Artur Bontempo, apesar de dizer que a produção mais alta da Vale provavelmente trará pressão adicional sobre o mercado de minério de ferro já “mal-humorado”.

Os participantes do mercado expressaram preocupações sobre a perspectiva de demanda vacilante e a recuperação econômica da China, principal consumidora, o que levou os preços a caírem no acumulado do ano. A Vale, no entanto, vê um mercado “equilibrado” em 2024 e 2025.

As margens este ano foram positivas em todas as operações, apesar da pressão sobre os preços, disse a empresa.

A empresa brasileira reduziu ligeiramente sua previsão de produção de níquel em 2024 para entre 153.000 e 168.000 toneladas, de 160.000 a 175.000, um movimento que, segundo ela, reflete um desinvestimento parcial da Vale Indonésia concluído em julho.

Os custos de produção de níquel e cobre este ano deverão, no entanto, ser menores do que o inicialmente previsto, disse a empresa.

Outros anúncios

A companhia também iniciou o comissionamento do projeto Vargem Grande 1 a úmido, com capacidade de retomar a produção de minério de ferro em aproximadamente 15 milhões de toneladas por ano no complexo Vargem Grande, em Minas Gerais.

Segundo a mineradora, a usina de Vargem Grande 1 operava a umidade natural desde 2019 em função da indisponibilidade de captação de água e disposição na barragem de Vargem Grande, que se encontra em processo de descaracterização.

Como resultado da operação a úmido, é esperada a melhora da qualidade média da instalação em 2% de ferro contido, aproximadamente, disse a Vale. “O projeto representa um importante passo em direção ao ‘guidance’ de produção de minério de ferro de 340-360 milhões de toneladas Mt em 2026, resultando em melhora na qualidade do portfólio de produtos, maior capacidade produtiva e maior flexibilidade operacional”, destacou a mineradora.

Já o vice-presidente executivo Técnico da mineradora, Rafael Bittar, disse à Reuters que a mineradora prevê manter investimentos de mais de US$ 400 milhões anuais em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), como parte de suas ações que visam suportar a estratégia da companhia para o futuro. Em 2023, a companhia realizou aportes de US$ 447,8 milhões em PD&I.

O Itaú BBA ressalta que, durante o tour, a gestão da mineradora discutiu iniciativas para reduzir o risco de suas metas de médio prazo relacionadas à estabilidade operacional e ao volume de produção, o que também ajudará a garantir uma posição de custo competitiva na indústria global de minério de ferro. A Vale também abordou preocupações relacionadas à qualidade do minério de ferro.

A projeção é de que a qualidade melhorará e custos cairão já no 3T24; os custos totais devem ficar mais próximos do limite superior da orientação de US$ 53-57/tonelada para 2024. O BBA tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para VALE3, com preço-alvo de R$ 74 para 2025.

(com Reuters)




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