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Varejistas: quais devem ser os destaques positivos e negativos na temporada do 1T25?

- 05/05/2025 3 Visualizações 3 Pessoas viram 0 Comentários
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Em meio a um cenário macroeconômico nebuloso, os ruídos provocados por resultados abaixo do esperado e preocupações com governança em diversas empresas têm mantido a maioria dos investidores afastados do setor de varejo.

Apesar das incertezas no médio prazo — especialmente ligadas ao aumento do endividamento dos consumidores — a atividade varejista segue aquecida no curto prazo. Com isso, na maioria dos casos, segundo JPMorgan, as empresas de varejo brasileiras devem apresentar bons resultados, com melhora sequencial.

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Diante disso, na ausência de alguma surpresa relevante nos lucros por ação (EPS), o foco dos investidores deve se concentrar na geração de caixa, alavancagem e nas projeções das equipes de gestão para o restante do ano.

Além disso, segundo o JPMorgan, o posicionamento dos investidores e o interesse em posições vendidas continuarão exercendo papel relevante nos resultados do trimestre. As apostas seguem relativamente concentradas em posições compradas em Lojas Renner (LREN3) e Smart Fit (SMFT3), e em posições vendidas em RD Saúde (RADL3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Diante desse cenário, as principais apostas do banco para a temporada de resultados são: Lojas Renner, com recomendação de compra, que deve mostrar melhora nas tendências operacionais — ainda que parte desse desempenho já esteja precificado, diante de um posicionamento mais carregado antes da divulgação, a empresa segue apoiada por um balanço robusto.

Na sequência, o destaque é Azzas 2154 (AZZA3), também com recomendação de compra. A companhia mantém resultados relativamente resilientes, negocia a múltiplos atrativos e a teleconferência de resultados pode trazer informações para mitigar preocupações relacionadas à governança.

Por outro lado, os resultados devem continuar fracos para a RD Saúde, com recomendação de compra, mas o JPMorgan antecipa possíveis sinais positivos relacionados a iniciativas de eficiência, o que pode suavizar o pessimismo de curto prazo em torno da empresa — abrindo espaço para um eventual short squeeze (movimento repentino de alta no preço de uma ação).

Já o Magazine Luiza, com classificação de venda, deve seguir com crescimento tímido, em meio a um ambiente competitivo desafiador e foco na rentabilidade para lidar com sua alta alavancagem e custo da dívida.

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A XP Investimentos, por sua vez, projeta em relatório uma temporada de resultados mista no primeiro trimestre. Apesar do tom mais positivo observado no fim de 2024 com uma desaceleração nas receitas e um alto nível de incerteza, os números do primeiro trimestre se mostraram melhores do que o esperado, com uma demanda sólida em quase todos os segmentos, enquanto a expansão das margens continua sendo apoiada por iniciativas internas.

Entretanto, a XP permanece cautelosa devido à potencial deterioração macroeconômica, principalmente no segundo semestre, enquanto vê pressões de custos devido ao aumento das taxas de câmbio e da inflação, o que pode prejudicar as margens.

No consumo discricionário, conforme a XP, os players de baixa e média renda devem apresentar um sólido crescimento na receita e dinâmicas de margem, enquanto os players de alta renda devem continuar enfrentando alguma pressão nas margens.

Para e-commerce, as margens continuam a ser priorizadas em relação ao crescimento, enquanto as farmácias regionais devem apresentar resultados fortes.

No varejo de alimentos, o crescimento da receita das empresas foi afetado por efeitos de calendário (menor número de dias e Páscoa no segundo trimestre), deterioração do poder de compra e um cenário competitivo difícil. Quanto às margens, a maturação das lojas e a implantação de serviços devem continuar a impulsionar a melhoria das margens. Nesse sentido, o corretora vê o Assaí (ASAI3) como o destaque do setor.

No geral, a XP aponta Smart Fit, Assaí, Track&Field (TFCO4), farmácias regionais e vestuário de média renda como os destaques desta temporada, com Lojas Renner sendo uma possível surpresa positiva, enquanto RD, Grupo SBF (SBFG3), Petz (PETZ3) e Enjoei (ENJU3) devem ser os pontos negativos.

Por fim, a XP não espera um grande ponto de virada na demanda por bens duráveis, pois ela continua sendo impactada pelas altas taxas de juros, enquanto as empresas continuam a priorizar as margens em detrimento do crescimento.

Confira abaixo a agenda de divulgações:

05 de Maio de 2025

  • GPA
  • PAGUE MENOS
  • Grupo Mateus

06 de Maio de 2025

  • RD Saúde

07 de Maio de 2025

  • Vivara

08 de Maio de 2025

  • Assaí
  • Alpargatas
  • Azzas 2154
  • Lojas Renner
  • Magazine Luiza
  • Smart Fit

12 de Maio de 2025

  • Natura




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