Neste domingo (6), dia do primeiro turno das eleições municipais, a população de São Paulo (SP), maior colégio eleitoral do Brasil, elegeu os 55 vereadores que vão compor a Câmara Municipal da cidade entre 2025 e 2028. O campeão de votos para o Legislativo paulistano foi Lucas Pavanato (PL), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia recebido 161.328 votos com 99,97% das urnas apuradas. A segunda candidata mais votada foi Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe de Isabella Nardoni, brutalmente assassinada, em 2008, com apenas 5 anos. Ela recebeu mais de 129,5 mil votos. Leia também: O que faz um vereador e como ele é eleito? Completam o grupo dos 10 candidatos mais bem votados para a Câmara dos Vereadores de São Paulo Dr. Murillo Lima (PP), Sargento Nantes (PP), Amanda Paschoal (PSOL), Rubinho Nunes (União Brasil), Luana Zarattini (PT), Luana Alves (PSOL), Sandra Tadeu (PL) e Pastora Sandra Alves (União Brasil). O resultado ainda não foi divulgado oficialmente pela Justiça Eleitoral. As últimas vagas ainda podem sofrer alguma alteração, pois a quantidade de vagas obtidas por cada partido varia conforme o número de vezes que ultrapassa o quociente eleitoral. Dentro da sigla, as vagas são preenchidas pelos candidatos em ordem decrescente de votos conquistados. Como funciona a eleição para vereador?O processo eleitoral brasileiro obedece a dois sistemas distintos para cargos políticos: o majoritário e o proporcional, que têm regras de contagem de votos diferentes. A eleição majoritária é utilizada para escolher os representantes do Poder Executivo (ou seja, prefeito e vice-prefeito). Neste sistema, a chapa mais votada é eleita, considerando os votos válidos, excluídos os votos em branco e os nulos. Já os representantes das Câmaras Municipais são eleitos pelo sistema proporcional, modelo mais complexo do que o majoritário. Neste caso, os eleitores podem optar por votar nominalmente em seu candidato ou somente na legenda partidária, mas é o partido que antes recebe os votos em disputa. No sistema proporcional, a transformação dos votos recebidos pelos partidos e seus candidatos em assentos efetivos nas casas legislativas ocorre em etapas. Na primeira, calcula-se o quociente eleitoral ‒ a divisão entre a quantidade de votos válidos registrados e o número de cadeiras em disputa, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, ou arredondando-se para 1, se superior. Na sequência, calcula-se o quociente partidário ‒ resultado da divisão entre o número de votos válidos e o quociente eleitoral. Este número, desprezando qualquer fração no cálculo, definirá a quantidade de assentos que um partido terá direito na casa legislativa. Isso explica o fato de, às vezes, um candidato receber um volume expressivo de votos, mas não ser eleito, porque seu partido não conseguiu atingir o número mínimo de votos definido pelo quociente eleitoral. Por outro lado, é possível que um candidato de um partido que tenha recebido menos votos seja eleito, caso sua sigla tenha obtido votos suficientes para superar o quociente eleitoral e ele tenha se destacado entre os mais votados naquela legenda. A quantidade de vagas obtidas por cada partido varia conforme o número de vezes que ultrapassa o quociente eleitoral. Dentro da sigla, as vagas são preenchidas pelos candidatos em ordem decrescente de votos conquistados. Veja a lista dos 55 vereadores eleitos em São Paulo (com 99,97% das urnas apuradas — resultado final ainda pode mudar):
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