O Brasil acompanhará a divulgação do indicador econômico referente às vendas no varejo de novembro nesta quinta-feira (9). O dado é considerado importante para medir o comportamento do consumo no país, refletindo a confiança dos consumidores e o impacto de fatores econômicos no setor. A expectativa é que os números ajudem a traçar um panorama mais preciso da saúde da economia brasileira, especialmente em um cenário de juros elevados e inflação ainda em patamares elevados. Enquanto isso, no cenário internacional, a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) anunciou o fechamento de todos os mercados de ações do Nyse Group em homenagem ao ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, que morreu no dia 29 de dezembro. A decisão foi tomada para respeitar o Dia Nacional de Luto em honra ao legado humanitário de Carter. Em nota, a Nyse e a Nasdaq, que também suspenderá as negociações, destacaram a importância do ex-presidente para a nação e manifestaram solidariedade pela sua morte. Durante o período de luto, a bandeira americana no prédio da Nyse ficará a meio mastro. Apesar do feriado, a governadora do Fed, Michelle Bowman, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, e o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, farão discursos em diferentes locais hoje. O que vai mexer com o mercado nesta quintaAgendaO presidente Lula se reúne pela manhã com diversos ministros para discutir a dívida dos Estados. Na parte da tarde, Lula tem reunião sobre a presidência brasileira do BRICS. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa, por videoconferência, das Reuniões Bimestrais de Presidentes de Bancos Centrais, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), no Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília. Brasil9h – Vendas no varejo (novembro) Zona do Euro7h – Vendas no varejo (novembro) InternacionalInflação nos EUAChristopher Waller, diretor do Federal Reserve (Fed), afirmou que a inflação nos EUA deve continuar desacelerando em 2025, permitindo novos cortes na taxa de juros, mas em ritmo incerto. Apesar de a inflação estar acima da meta de 2%, ele acredita que os preços continuam a cair. O Fed reduziu juros em um ponto percentual acumulado em 2024, mantendo-os entre 4,25% e 4,5%, mas as opiniões internas variam sobre novos cortes. Waller destacou o bom desempenho da economia, com mercado de trabalho robusto, e observou possíveis impactos das tarifas do governo Trump na inflação. Fed está preocupadoO Fed demonstrou preocupação com os possíveis impactos das políticas do novo governo Trump, destacando incertezas sobre tarifas, imigração e cortes de impostos. A ata da última reunião do FOMC revelou temores de que essas medidas possam prolongar a rigidez da inflação e desacelerar o crescimento econômico. Algumas autoridades compararam o cenário a “dirigir em uma noite de neblina”, dada a dificuldade de prever os efeitos dessas mudanças. A expectativa é de que o PIB cresça menos e o desemprego aumente, enquanto o processo desinflacionário pode estar temporariamente paralisado. O Fed destacou a necessidade de cautela em futuros cortes de juros. EconomiaFluxo cambial negativoO Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 18,014 bilhões em 2024, a maior saída desde 2020, segundo o Banco Central. Foi o terceiro maior resultado negativo da série histórica, iniciada em 2008. No canal financeiro, o déficit de US$ 87,214 bilhões foi recorde, superando 2019. No comércio exterior, o saldo foi positivo em US$ 69,2 bilhões, com exportações de US$ 300 bilhões e importações de US$ 230,8 bilhões. Na última semana, o fluxo cambial foi negativo em US$ 5,602 bilhões, apesar de superávit comercial de US$ 752 milhões. SelicA XP Investimentos elevou a projeção da Selic para 15,50% em 2024 e adiou o início do ciclo de cortes para 2026. Também revisou o câmbio para R$ 6,20 em 2025 e R$ 6,40 em 2026, refletindo inflação e incertezas eleitorais. O PIB deve crescer 3,6% em 2024, desacelerando para 2,0% em 2025 e 1,0% em 2026, com política monetária mais restritiva. O IPCA foi estimado em 6,1% para 2025, devido à demanda interna e câmbio depreciado. Para o Fed, a XP prevê cortes adicionais em 2025, mas avalia riscos de juros estáveis ou até alta, influenciados por medidas de Donald Trump. Lula libera R$ 51 bi a estados e municípiosO governo Lula (PT) liberou R$ 51,2 bilhões em novos empréstimos a estados e municípios em 2024, o que representa um aumento nominal de 18,1% em relação aos R$ 43,3 bilhões contratados em 2023, segundo levantamento feito pela Folha a partir de dados do Banco Central. Dinheiro esquecidoO Banco Central informou que brasileiros ainda têm R$ 8,7 bilhões esquecidos em contas de instituições financeiras. O balanço do Sistema de Valores a Receber (SVR), divulgado nesta quarta-feira, 8, considera os valores de novembro. PolíticaRegulamentação das redesSidônio Palmeira, futuro ministro da Secretaria de Comunicação Social, criticou as mudanças anunciadas pela Meta em suas redes sociais, incluindo o fim do programa de checagem de fatos e a promoção de “conteúdo cívico”. Para Palmeira, essas alterações prejudicam a democracia porque não controlam a propagação de ódio e desinformação. O publicitário também defendeu a regulamentação das redes sociais no Brasil, sugerindo que o governo brasileiro adote medidas próprias. O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, afirmou que a regulamentação das redes não deve ser confundida com censura, e destacou a importância de equilibrar liberdade de expressão e responsabilidade social. Ele também comentou sobre o papel das redes sociais nos eventos de janeiro de 2023 e a necessidade de prevenir discursos criminosos. Já o ministro Alexandre de Moraes expressou confiança de que o STF regulamentará as redes sociais, responsabilizando as big techs por conteúdos nocivos. Ele enfatizou a importância de não permitir que essas empresas ampliem discursos de ódio e disse que esse é um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil e pelo mundo. InvestigaçãoA deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) solicitou à Organização das Nações Unidas (ONU) uma investigação sobre a decisão da Meta de encerrar a checagem de fatos e flexibilizar a moderação de conteúdo em suas plataformas. Hilton argumenta que as mudanças promovem a disseminação de discursos de ódio, violência e fake news contra minorias, especialmente LGBTQIA+. A representação enviada ao relator da ONU, Nicolas Levrat, aponta violações a tratados internacionais sobre direitos civis e das minorias. A deputada pede que a ONU notifique Mark Zuckerberg e exija explicações sobre as consequências da nova política, alertando que depender de usuários para corrigir desinformação agrava os riscos de abusos. Pablo Marçal quer ser presidenteO empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) oficializou sua intenção de disputar a Presidência da República em 2026, conforme nota divulgada à imprensa. “Serei candidato a presidente pelo PRTB em 2026. O empreendedorismo é a chave para libertar o nosso povo e fomentar o desenvolvimento econômico”, afirmou Marçal, que foi terceiro colocado na eleição para a prefeitura de São Paulo em 2024. Segundo sua assessoria, o PRTB planeja mudar de nome para “Brasileiro”. No entanto, Marçal enfrenta ações na Justiça Eleitoral que podem comprometer sua elegibilidade para a disputa presidencial. Grande festaO ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a pasta vive um momento de tranquilidade e descartou tensões nas Forças Armadas. Segundo ele, “a coisa está a mais pacífica possível na Defesa. É o ministério mais tranquilo que você pode imaginar”. A declaração foi dada após a cerimônia no Palácio do Planalto, promovida pelo governo em memória dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agradeceu o apoio das Forças Armadas. Apesar da solenidade, Múcio destacou que a “grande festa” será no fim dos inquéritos relacionados aos ataques, com a punição dos culpados e o afastamento de suspeitas sobre inocentes. CorporativoCVC (CVCB3)Os acionistas da operadora de viagens CVC Brasil aprovaram nesta quarta-feira uma mudança no estatuto social da empresa que obrigará qualquer acionista ou grupo de acionistas com participação maior que 25% a lançar uma oferta pública de aquisição de todas as ações remanescentes. O mecanismo, conhecido no mercado como “poison pill“, foi aprovado pela maioria dos acionistas da CVC Brasil em assembleia geral nesta quarta, de acordo com a ata da reunião. (Com Reuters, Agência Brasil e Estadão) |
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