A capital Caracas e diversas outras regiões da Venezuela foram afetadas por um apagão de energia elétrica na noite de terça-feira (27), que o governo atribuiu a uma “ataque terrorista” a uma linha de transmissão, mas que a oposição alega ser mais um reflexo da falta de investimentos no sistema. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse por telefone à rede estatal VTV que “às 19h16, houve um ataque terrorista ao serviço nacional de eletricidade (…) que afetou os estados de Táchira, Mérida, Barinas, Zulia, Falcón, Nueva Esparta e, parcialmente, setores de La Guaira, Miranda e Caracas”. A jornal El Universal, o ministro disse que o ataque foi contra a linha 756, no Vale da Páscoa, localizado no estado de Guárico e afetou toda a costa ocidental do país, bem como parte da zona central. Ele disse que os trabalhos de recuperação estavam em andamento. Segundo o site do El Nacional, ele denunciou que se tratava de um “ataque terrorista” contra o sistema elétrico nacional, pelo qual acusou “setores da oposição”, que usam esse tipo de estratégia para “tentar afetar a população”, mas não mostrou provas dessa acusação. “Alertamos nosso povo para estar vigilante em todos os cantos da Venezuela e que, por favor, denuncie qualquer situação anormal e não duvide que vamos agir imediatamente”, acrescentou. Na rede social X, os venezuelanos relataram falha elétrica em ao menos 15 estados do país, como Lara, Nueva Esparta, Carabobo, Mérida, Anzoátegui, Trujillo, Cojedes, Falcón, Aragua, Bolívar, Yaracuy, bem como em Caracas. Segundo o jornal, o governo venezuelano geralmente atribui as falhas no sistema elétrico do país há anos a ataques programados, principalmente dos Estados Unidos, à oposição e às sanções internacionais. No entanto, para especialistas consultados pela agência EFE, a crise é resultado da falta de manutenção e investimento no sistema.
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