Em meio a um cenário de tensão devido à pressão internacional para respeitar o resultado das eleições presidenciais, os venezuelanos vão as urnas neste domingo. O processo eleitoral deve ser acompanhado de perto pela indústria do petróleo, uma vez que o País detém a maior reserva da commodity de todo o planeta. Atualmente, dois principais candidatos lideram a corrida eleitoral: Nicolás Maduro e Edmundo González. Mas as incertezas dominam a eleição, depois que Maria Corina Machado, a líder da oposição, que venceu a eleição primária com 93% dos votos em outubro de 2023, foi proibida de participar da corrida presidencial. Sendo assim, a candidata passou a apoiar a candidatura de Edmundo González, um diplomata de 74 anos. De acordo com a última pesquisa da Delphos e da Universidade Católica Andres Bello, o González tem 59,1% das intenções de voto contra 24,2% de Nicolás Maduro. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita Caso o Chavismo venha a sair do poder, a Genial entende que a recuperação econômica do país deverá ser necessariamente suportada pela indústria do petróleo, tendo em vista as suas vastas reservas e a possível recuperação da produção perdida na última década. Nesse contexto, a Venezuela teria o poder de resolver – ou ao menos, amenizar – o problema de oferta enfrentado pelo mundo tendo em vista o sub-investimento realizado pela indústria de exploração e produção nos últimos anos e retomar seu posicionamento como centro produtivo de petróleo. A Genial destaca que a evolução dessa produção não é apenas “virar a chavinha” e deve acontecer apenas ao longo dos anos. No entanto, a casa de análise disse duvidar que os níveis de preço explícitos nas curvas futuras dos preços do petróleo vá ficar indiferente a esse evento – a depender dos planos do novo governo que vai assumir. Além disso, analistas imaginam que as oportunidades de aquisições ou novos investimentos possam ser muito interessantes ao considerar que a “Nova Venezuela” deva se tornar mais aberta ao investimento estrangeiro para retomar a produção de outrora. Sendo assim, a casa imagina que o valuation de empresas petroleiras possa ser impactado tendo em vista uma normalização na oferta x demanda no mercado de petróleo daqui por diante. Nesse caso, segundo a Genial, empresas com baixos custos de produção, baixo endividamento e planos de investimento modestos tenderiam a surfar melhor um cenário de preços mais baixos. Diante disso, a Genial avalia que os melhores nomes brasileiros para surfarem esse cenário seriam, na sequência, PRIO (PRIO3), Petrobras (PETR4), Petrorecôncavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3). A Genial tem recomendação de compra para PRIO e 3R, com preço-alvo de, respectivamente, R$ 60 e R$ 62. Já Petrobras e PetroRecôncavo foram mantidas com classificação neutra e preço-alvo de R$ 47 e R$ 29, nesta ordem. Já o Bradesco BBI vê três cenários possíveis das eleições na Venezuela. Primeiro, Maduro vence e dá a impressão de um resultado justo, o que poderia reverter um pouco as relações melhoradas com os EUA. Contudo, novas empresas ainda conseguiriam obter licenças especiais para operar no país, e isso implica crescimento contínuo das exportações de petróleo bruto venezuelano para os EUA. No entanto, isso estaria fortemente sujeito às eleições de novembro nos EUA. Se o republicano Donald Trump vencer, essas licenças especiais podem ser revogadas.
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