O Conselho de Administração da Vibra (VBBR3) rejeitou a proposta para combinação de negócios apresentada pela Eneva (ENEV3) à companhia no último domingo (26). Para a Vibra, a relação de troca indicada na proposta é “injustificável” e não é atrativa para os acionistas, de acordo com fato relevante divulgado no fim da tarde desta terça-feira (28). A proposta recusada pela Vibra contemplava a incorporação de ações da Eneva pela distribuidora ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas companhias, de forma que o conjunto de acionistas de cada companhia, ao término do processo, passasse a deter 50% do total das ações da companhia combinada. Na data da oferta, a Vibra apresentava um valor de mercado 25% superior ao da Eneva. A Vibra disse que não entrou no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento. “Contudo, as potenciais sinergias indicadas na proposta precisam ser aprofundadas e foram, em grande medida, baseadas na solidez da nossa própria estrutura de capital e base única de clientes.” Por outro lado, o Conselho da Vibra deixou uma “porta aberta” e disse que “estará atento a uma eventual nova manifestação da Eneva, caso seja de seu interesse melhorar significativamente os termos apresentados, detalhando elementos necessários para o bom entendimento de uma eventual nova proposta de combinação”. XP Investimentos Abra a sua conta e ganhe uma mochila XP Aston Martin Confira os 4 passos para garantir a sua EU QUERO Se Eneva elevar a proposta, a Vibra afirmou que engajará seus assessores para tratativas em fórum privado típico de potenciais transações desta natureza. Vibra mantém-se à mesaEmbora o conselho de administração da Vibra tenha negado a primeira proposta, o comunicado sinalizou de que as negociações deverão seguir. Na reportagem que abriu a newsletter diária do IM Business desta terça, uma fonte graduada já havia vaticinado. “Começaram as discussões de preço, o que é comum para fusões dessa monta.” Pessoas a par da oferta já sinalizavam que as conversas iriam mais para as condições do negócio do que para o mérito da fusão em si – visão que foi partilhada pelo mercado. Há meses os conselheiros das duas empresas estão considerando o assunto até a apresentação da proposta oficial na noite do último domingo (26). A relação de troca, em que a Vibra, com valor de mercado 25% maior, teria a mesma participação da Eneva na empresa combinada não agradou e foi o trecho em que a antiga BR Distribuidora subiu o tom. Se a Vibra adotou postura mais firme na relação de troca, demonstro interesse em receber maiores explicações sobre o modelo de governança. “Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento […] Entendemos ser essencial maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido, caso a combinação de negócios venha eventualmente a ser consumada. Acreditamos muito na relevância de uma sólida estrutura de governança, porque aí reside boa parte do valor a ser criado”, conclui a Vibra. |
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