A Volkswagen voltou a ajustar a produção por conta da estagnação do mercado, apesar dos descontos patrocinados pelo governo federal para estimular a venda de veículos. A montadora é inclusive a segunda que mais teve créditos tributários liberados até o momento (veja mais abaixo). Ela parou completamente nesta semana (de segunda-feira a sexta-feira) a produção das fábricas de Taubaté, no interior paulista, e de São José dos Pinhais, no Paraná — que já vinha desde o início do mês funcionando em apenas um turno. A unidade paranaense produz o utilitário esportivo T-Cross e a de Taubaté, o Novo Polo e o Polo Track (sucessor do Gol). Os dias parados nas duas unidades serão descontados do banco de horas dos funcionários. A montadora também vai parar por dez dias, a partir de 10 de julho, a fábrica de São Bernardo do Campo, onde são produzidos o Novo Virtus, o Novo Polo, o Nivus e a picape Saveiro. Os operários dos dois turnos da planta no ABC paulista vão entrar em férias coletivas. Segundo a Volkswagen, todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado com o sindicato e trabalhadores. E os descontos do governo?Masterclass O Poder da Renda Fixa Turbo Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney) A Volkswagen foi a primeira empresa a divulgar os novos valores, com um desconto extra de até R$ 5 mil além do subsídio do governo. Gol, Polo, Virtus, T-Cross e Saveiro estão na lista da fabricante alemã. O Gol foi uma surpresa na lista, pois o carro deixou de ser produzido em 2022. Mas a empresa reforçou que não pretende retomar a produção e que as unidades que receberão descontos estão em estoque de algumas concessionárias. Em termos de demanda pelo programa, as vendas de carros populares consumiram 80% de todo o dinheiro reservado pelo governo federal para o subsídio de veículos 0 km, em apenas 15 dias. Tanto que o governo estendeu a exclusividade das vendas para pessoas físicas. R$ 60 milhões de subsídioA Volkswagen é inclusive a segunda montadora com mais dinheiro liberado pelo governo federal (R$ 60 milhões). A primeira é a FCA Fiat Chrysler (que inclui a Jeep), com R$ 170 milhões liberados (40% de todos os créditos tributários concedidos). A Renault aparece em terceiro lugar, com R$ 50 milhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) já liberou R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões disponíveis, segundo balanço atualizado na sexta-feira (23). Peugeot/Citroën e Hyundai vêm empatadas na sequência (R$ 40 milhões cada uma), e a Nissan se igualou à General Motors – Chevrolet na sexta colocação (R$ 20 milhões cada uma). Na “lanterna” do programa estão as outras duas japonesas, Honda e Toyota (R$ 10 milhões cada uma). (Com Estadão Conteúdo) |
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