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Judiciário

Weintraub reage após Bolsonaro chamar golpistas de “malucos”: “Fui muito otário”

- 11/06/2025 2 Visualizações 2 Pessoas viram 0 Comentários
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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (11), após declarações feitas por Bolsonaro durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro afirmou que brasileiros que pedem intervenção militar são “malucos”, declaração que provocou forte reação entre parte de sua base.

“Eu fui muito OTÁRIO!”, escreveu Weintraub em uma rede social, destacando trecho da audiência em que Bolsonaro se dissocia dos discursos golpistas de seus apoiadores.

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Ex-aliado fiel do ex-presidente e figura de destaque na ala ideológica do bolsonarismo, Weintraub também ironizou o fato de Bolsonaro ter pedido desculpas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem já atacou publicamente diversas vezes durante o mandato.

“Eu NUNCA pedi desculpas a eles! Eu NUNCA neguei o que falei deles!”, publicou o ex-ministro, reforçando o tom de rompimento com Bolsonaro.

Interrogatório no STF

As críticas de Weintraub ocorreram após Bolsonaro depor à Primeira Turma do STF na terça-feira (10), como um dos réus na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Durante o depoimento, o ex-presidente afirmou não ter incentivado os atos de 8 de janeiro de 2023 e buscou se distanciar de pautas antidemocráticas. Ele afirmou que existem “malucos” que pedem intervenção militar e um novo AI-5, e que os chefes das Forças Armadas jamais apoiariam uma ruptura institucional baseada nesses pedidos.

“Nós repudiamos tudo isso. Com todo respeito, doutor Paulo Gonet, não procede que eu tenha colaborado com o 8 de janeiro. Não há nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos”, declarou Bolsonaro durante o depoimento.

Ao final do interrogatório, o ex-presidente também pediu desculpas por declarações anteriores contra Moraes e outros ministros do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo que não possuía provas para as acusações feitas.

Ruptura

As declarações de Bolsonaro aprofundam as fissuras com parte de seus apoiadores, que por meses defenderam a tese de fraude nas urnas e pediram intervenção militar. Durante os protestos após as eleições de 2022, faixas com pedidos de um novo AI-5 foram exibidas em atos realizados em todo o país.

Para figuras como Weintraub, a postura mais conciliadora do ex-presidente no STF representa uma traição ao discurso adotado durante seu mandato e às promessas feitas à sua base ideológica.

Weintraub foi ministro da Educação entre 2019 e 2020, deixando o governo após conflitos com integrantes do Supremo Tribunal Federal e da própria base aliada.

Ele rompeu com Bolsonaro em 2022, após uma frustrada tentativa de candidatura ao governo de São Paulo e críticas ao que chamou de “acordões políticos” do presidente com o centrão.




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