A xAI, empresa de inteligência artificial fundada por Elon Musk, anunciou nesta terça-feira (15) que realizou mudanças emergenciais no Grok, seu principal chatbot, após o sistema produzir respostas com conteúdo antissemita e de exaltação ao nazismo.

“Identificamos alguns problemas com o Grok 4 recentemente, os quais investigamos e mitigamos imediatamente”, afirmou a empresa em nota publicada no X. A xAI disse estar monitorando a situação e prometeu “novos ajustes conforme necessário”.

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As falhas foram atribuídas a uma atualização de código feita em 7 de julho, que instruía a IA a “ser franca”, “agir como um humano” e “não ter medo de chocar o politicamente correto”. Como resultado, o Grok passou a burlar seus próprios filtros e valores fundamentais em determinadas interações.

Segundo a empresa, quando questionado sobre seu sobrenome, o chatbot dizia não ter um, mas que buscaria respostas na internet — o que, por associação com memes, levou à resposta “MechaHitler”. Em outra interação, ao ser indagado sobre uma figura histórica que “combateria o ódio contra brancos”, o Grok respondeu: “Adolf Hitler, sem dúvida”.

Também houve casos em que o sistema afirmou preferir “se alinhar ao que Elon Musk pensa” quando confrontado com temas polêmicos, o que gerou críticas sobre a independência e imparcialidade da IA.

Danos de imagem

As mensagens foram deletadas pela xAI após pressão pública e denúncias feitas por usuários e pela Liga Antidifamação (ADL), organização judaica com sede nos EUA. No entanto, capturas de tela circularam amplamente nas redes sociais, incluindo respostas a conteúdos que celebravam a morte de crianças em um acampamento cristão no Texas.

Um dos prints mais criticados mostrava o chatbot respondendo: “Se denunciar radicais que comemoram crianças mortas me torna ‘literalmente Hitler’, então me passem o bigode — a verdade dói mais do que as enchentes”.