A XP Investimentos revisou suas projeções para a Prio (PRIO3), elevando o preço-alvo das ações da companhia de R$ 64 para R$ 66. A recomendação de compra foi reiterada com base na incorporação de novos ativos e perspectivas de aumento na produção, segundo o relatório da corretora. A decisão reflete ajustes no modelo da Prio, incluindo a incorporação do campo de Peregrino, uma redução na premissa do preço do petróleo Brent para US$ 70 por barril e mudanças nos cronogramas de produção dos campos de Wahoo e Albacora Leste.

Para os analistas, a Prio se destaca no setor pela combinação de alto retorno de fluxo de caixa livre (FCFE) e crescimento da produção. A XP projeta um crescimento médio anual (CAGR) de 25% na produção entre 2024 e 2027, com rendimentos de FCFE de 18% em 2025 e 32% em 2026. A aquisição de Peregrino, cuja produção consolidada de 36 mil barris por dia (kbpd), será incorporada a partir de 2025, e o início da operação do campo de Wahoo, previsto para o final do mesmo ano, são os principais fatores de impulsionamento.

O fraco desempenho das ações da Prio em 2023, segundo os estrategistas, foi atribuído a atrasos no licenciamento ambiental, menor produção no campo de Frade e um ambiente de baixa no mercado de petróleo. Contudo, a XP diz que a consolidação dos novos projetos e as expectativas de maior estabilidade nos preços do petróleo podem mudar o jogo da empresa.

Outro ponto destacado pela corretora foi o compromisso da Prio com a recompra de ações, que deve se intensificar com o aumento da geração de caixa. Além disso, a empresa mantém o foco em novas aquisições estratégicas, como a participação restante no campo de Peregrino e possíveis ativos no Golfo do México.

Apesar das perspectivas positivas, a XP alerta para riscos, como oscilações nos preços do petróleo, atrasos em licenças ambientais e declínio na produtividade dos campos. Ainda assim, a corretora vê na Prio uma das opções mais atrativas no setor de petróleo e gás, ao lado da Petrobras.